Quem diria, hein? Cinco longos anos se passaram desde que o portão da Casa do Sol — aquele refúgio mágico onde Hilda Hilst tecia seus versos e prosas — se fechou para o público. Mas eis que a espera acaba, e de que maneira! A propriedade, um verdadeiro baú de tesouros da cultura brasileira, reabre as portas no próximo fim de semana, e não vai ser com um evento qualquer, não. Preparem-se para um festival que é a cara da própria Hilst: irreverente, sem fronteiras e cheio de surpresas.
O "Hilst Festival: Do Papel ao Pixo" acontece sábado e domingo (30 e 31 de agosto), das 10h da manhã até… bem, até quando a energia aguentar! E o melhor: entrada gratuita, basta chegar e se jogar na programação.
Uma Viagem pelos Cantos da Casa e da Alma
A programação é, pra ser sincero, de cair o queixo. Eles pensaram em tudo. Literalmente.
- Para os amantes das letras: Oficinas de criação literária para quem quer soltar a imaginação, mesas redondas com estudiosos da obra da Hilst — gente que realmente entende do riscado — e até performances poéticas que prometem tirar a poesia da página e trazê-la para a vida real.
- Para os ouvidos atentos: Aqui a coisa fica interessante. A curadoria musical foi audaciosa. Uma hora você está ouvindo um violão clássico e recitais de poesia pura, na seguinte o som grave do funk estremece as paredes que um dia abrigaram tantas reflexões. É essa a beleza! Um baile funk no mesmo terreno onde Hilda meditava? Ela mesma, conhecida por sua mente aberta, certamente aprovaria a mistura.
- Para os olhos: Instalações de arte visual espalhadas pelos jardins, intervenções de pixacao (uma homenagem moderna e urbana) e projeções mapeadas que vão iluminar a fachada da casa com a história da própria escritora. Uma verdadeira imersão sensorial.
E não para por aí. Terá feirinha de artesanato local, comida de rua — porque evento bom tem que ter cheiro de comida, né? — e até um espaço kids para a garotada. Querem mesmo que seja um evento para todas as tribos.
Muito Mais que uma Casa, um Legado que Resiste
O fechamento em 2020 foi por causa da pandemia, mas aí veio a necessidade de uns reparos, uma revitalização… e o tempo foi passando. A reabertura, agora, não é só um evento cultural. É um ato de resistência. Manter viva a memória de uma das maiores escritoras do país, e fazer isso de um jeito que dialogue com o presente, é fundamental.
A Casa do Sol é mais que cimento e tijolo. É patrimônio — não só arquitetônico, mas emocional de Campinas e do Brasil. Saber que ela está de volta, pulsando e cheia de vida, é um alívio e uma alegria sem tamanho para a cultura local.
Serviço:
Hilst Festival: Do Papel ao Pixo
Onde: Casa do Sol – Rua Dr. José de Moura Resende, 527, Jardim do Lago, Campinas/SP.
Quando: 30 e 31 de Agosto (sábado e domingo), a partir das 10h.
Quanto: Entrada Franca.
Classificação indicativa livre para todas as idades.
