
Parece que Campina Grande resolveu dar um show à parte neste final de semana. A cidade, que já carrega o título de Rainha da Borborema com orgulho, decidiu provar que o reinado cultural está mais forte do que nunca.
E que reinado! As ruas respiravam arte — uma daquelas coisas que a gente sente no ar, sabe? Não era só mais um evento qualquer. Era como se a própria essência da cidade tivesse decidido se manifestar através de pincéis, livros e acordes.
Um Trio que Funcionou Melhor que Receita de Vó
O que me chamou atenção — e muito — foi a maneira como conseguiram entrelaçar três linguagens tão distintas. Artes plásticas, literatura e música, normalmente relegadas a espaços separados, aqui conversavam entre si como velhos amigos.
Nas galerias, as cores das telas pareciam ecoar os ritmos que vinham da rua. E os livros? Ah, os livros contavam histórias que as músicas complementavam. Uma simbiose rara de se ver.
Os Números que Impressionam
Olha só que coisa linda:
- Mais de 50 artistas visuais expondo suas almas em tela
- Escritores de várias gerações dividindo suas narrativas
- Bandas que fizeram o chão tremer — no bom sentido, é claro
- Público? Uma multidão que demonstrou que fome de cultura aqui é grande
E o melhor: tudo acontecendo de forma orgânica, sem aquela rigidez de eventos muito planejados. Tinha um quê de espontaneidade que deixou tudo mais verdadeiro.
O Segredo do Sucesso
Conversando com alguns organizadores — entre um gole de café e outro — ficou claro que a receita foi simples: deixar a cultura fluir sem amarras. Nada de tentar engessar a criatividade em normas rígidas.
"A gente queria que fosse vivo, pulsante", me disse um dos curadores, com os olhos brilhando. E conseguiram, hein? A energia no ar era quase palpável.
Artistas locais dividiram espaço com talentos de outras paragens, criando um caldeirão cultural dos mais ricos. E o público, sempre ele, abraçou a proposta com um entusiasmo que dava gosto de ver.
Para Onde Vamos?
Eventos assim não são apenas entretenimento — são sementes. Plantam na cidade uma identidade cultural que vai germinar nos próximos meses, quiçá anos.
Campina Grande sempre teve essa veia artística forte, mas às vezes fica meio adormecida. Agora, parece que acordou com vontade. E olha, pelo que vi, veio para ficar.
O que me pergunto é: será que outras cidades vão pegar o exemplo? Porque funcionou — e como funcionou! — essa mistura de linguagens todas conversando entre si.
No final das contas, o que ficou claro é que cultura não é enfeite, não é luxo. É necessidade básica da alma humana. E Campina Grande, bem... mostrou que sabe disso melhor que muita gente por aí.