
O vocalista da banda baiana Papazoni, conhecido por seus sucessos no pagode, levantou a bandeira da inclusão do ritmo nas tradicionais festas juninas. Em entrevista, o artista destacou que o pagode é uma expressão legítima da cultura popular e merece espaço nos eventos que celebram as raízes brasileiras.
"O pagode é música do povo, feita para dançar e se divertir. Não faz sentido excluí-lo das festas juninas, que são justamente uma celebração da nossa identidade cultural", afirmou o cantor, com a energia característica dos baianos.
Pagode e tradição: uma combinação perfeita
O músico argumentou que, assim como o forró e o sertanejo, o pagode tem tudo a ver com o clima de confraternização das festas juninas. "Na Bahia, a gente sempre misturou os ritmos. O povo quer dançar, rir e aproveitar, não ficar preso a rótulos", completou.
A voz da experiência
Com anos de estrada e shows por todo o país, o vocalista da Papazoni sabe do que fala. Ele lembra que o pagode já foi discriminado no passado, mas hoje é reconhecido como parte importante da música brasileira. "Assim como o samba, que também foi marginalizado no início, o pagode conquistou seu lugar ao sol", comparou.
A defesa do artista vem em um momento em que algumas festas juninas tradicionais têm privilegiado apenas certos estilos musicais, deixando de lado outros ritmos igualmente populares.