Não foi uma terça-feira qualquer na Câmara Municipal do Rio. O plenário, normalmente palco de debates acalorados, transformou-se em cenário de reconhecimento. Vanessa Giacomo, aquela atriz que a gente já viu em tantas novelas e séries, estava lá - mas não para representar um personagem.
Desta vez, o papel era dela mesma. E que papel!
Mais que uma atriz: uma agente de transformação
O que pouca gente sabe - ou melhor, sabia até essa terça-feira histórica - é que Vanessa tem dedicado boa parte do seu tempo a projetos que realmente mudam vidas. Não é aquela coisa de celebridade que aparece uma vez por ano em evento beneficente para fotos. É trabalho de base, de sujar as mãos mesmo.
E os vereadores perceberam isso. A moção de aplausos proposta pelo vereador Carlo Caiado não foi mera formalidade. Caiado, aliás, fez questão de destacar o compromisso genuíno da atriz com causas sociais. "Algumas pessoas usam a fama para brilhar. Outras, como Vanessa, usam para iluminar caminhos", afirmou durante a sessão.
Um discurso que emocionou
Quando pegou o microfone, Vanessa poderia ter feito um discurso polido, cheio de agradecimentos protocolares. Preferiu falar com o coração. "Nun imaginei que meu trabalho, que começou nos palcos, pudesse ecoar tanto na vida real", confessou, com aquela voz que a gente reconhece de qualquer novela das oito.
E continuou, com uma franqueza que raramente vemos nesses ambientes formais: "Às vezes me perguntam por que me importo tanto. É simples - porque posso. Porque tenho voz, tenho alcance. Seria egoísmo não usar isso para algo maior que minha carreira".
Nesse momento, até os assessores mais durões que trabalham no plenário arregalaram os olhos. Não é todo dia que se ouve tamanha sinceridade naqueles corredores históricos.
O que realmente importa
O interessante é que Vanessa nem queria inicialmente aceitar a homenagem. Disse aos organizadores que seu trabalho social "não precisava de holofotes". Mas os vereadores insistiram - e com razão.
Às vezes, reconhecer publicamente quem faz o bem serve de inspiração para outros. É como plantar uma semente que pode florescer em ações similares.
Quem estava lá na plateia pôde ver nos olhos da atriz uma mistura de gratidão e constrangimento. Do tipo bom, sabe? Aquele constrangimento de quem não está acostumado a receber elogios por fazer o que considera simplesmente sua obrigação moral.
No final das contas, a cerimônia na Câmara do Rio mostrou algo importante: existem pessoas usando sua visibilidade para o bem, trabalhando nos bastidores - ou melhor, nas comunidades - enquanto o mundo só vê o glamour das premiações e das passarelas.
Vanessa Giacomo provou que sua atuação vai muito além das câmeras. E o Rio de Janeiro, através de seus representantes, soube reconhecer isso. Que venham mais homenagens assim - não para inflar egos, mas para inspirar ações.
