O ano de 2025 foi marcado por declarações fortes e posicionamentos públicos de diversas personalidades do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios no Brasil. De polêmicas envolvendo novelas a opiniões sobre política, justiça e comportamento, as celebridades brasileiras não economizaram palavras e geraram intensos debates nas redes sociais e na mídia.
O olho do furacão: televisão e polêmicas
Manuela Dias, autora do aguardado remake de Vale Tudo, admitiu que a dimensão do desafio a surpreendeu. Em entrevista à coluna GENTE, ela revelou que aceitou o convite de José Luiz Villamarim com entusiasmo, entendendo a adaptação como um mergulho profundo na obra original. No entanto, a expectativa antes da estreia, em março, e as polêmicas posteriores, especialmente as envolvendo Taís Araujo e as escolhas narrativas, colocaram a autora de 48 anos no centro das atenções durante todo o ano.
Outro veterano da TV, José Mayer, de 76 anos, precisou se manifestar para negar boatos sobre um suposto retorno à Globo na novela Três Graças. Irritado, o ator deixou claro à coluna que não recebeu qualquer convite e que está satisfeito fora da circulação artística há alguns anos, planejando continuar assim.
Otávio Augusto, também com 80 anos, foi outro a se pronunciar sobre um episódio do passado. Citado por Grazi Massafera em relatos sobre tratamento inadequado no início de sua carreira, o ator afirmou não se lembrar do ocorrido. Ele disse lamentar se a colega se sentiu mal, mas destacou que não guarda mágoas e segue em frente.
Justiça, política e comportamento em debate
O ator Dado Dolabella, de 45 anos, abordou um tema espinhoso ao comentar sua prisão em 2018 por não pagar pensão alimentícia. Em entrevista, ele criticou o que enxerga como uma vantagem do gênero feminino no sistema judiciário e na sociedade, classificando a situação como "complicada".
Em uma posição contundente sobre crimes hediondos, Raul Gazolla, ex-namorado da atriz Daniella Perez, assassinada em 1992, defendeu a pena de morte ou a prisão perpétua no Brasil. Aos 70 anos, o ator, que narrou a série documental sobre o Caso Henry Borel, argumentou que certos criminosos, por sua natureza, não podem voltar a circular na sociedade.
O cenário político nacional foi criticado pelo cantor e compositor Ivan Lins, de 80 anos. Para ele, existe um "movimento antiarte" desde que a extrema direita assumiu o poder no país, há seis anos. Lins afirmou que a inteligência dos artistas incomoda aqueles que não a possuem, gerando inveja.
Fafá de Belém, aos 69 anos, também uniu política e feminismo em suas declarações. Meses antes da COP30 no Pará, a cantora disse que cantar e viver são atos políticos. Ela criticou uma visão superficial do empoderamento feminino, afirmando: "Não acho que o empoderamento feminino é uma mulher de quatro balançando o rabo".
Sexualidade, preconceito e tabus
O ator José de Abreu, de 79 anos, foi direto ao cortar relações com a colega de profissão Regina Duarte. Ele declarou não se dar com "esse tipo de gente", associando-a a pessoas homofóbicas e preconceituosas, que estariam fora do seu universo.
Mateus Solano, famoso pelo vilão Félix de Amor à Vida, refletiu sobre a percepção de sua sexualidade após o personagem. O ator de 44 anos brincou ao dizer que emprestou sua "pinta" ao Félix, e não o contrário, destacando que sua expressão sempre existiu.
Quebrando tabus, a atriz Vera Fischer, de 73 anos, falou abertamente sobre masturbação na terceira idade. Ela defendeu o prazer consigo mesma como algo natural e interessante, e criticou a hipocrisia de quem condena a prática mas a realiza em segredo.
As declarações reunidas nesta retrospectiva de 2025 mostram um ano em que as celebridades brasileiras usaram sua visibilidade para tratar de assuntos complexos, muitas vezes polarizando opiniões, mas sempre alimentando o debate público no país.
