Nicki Minaj perde fãs após apoio a Trump e eventos conservadores
Nicki Minaj enfrenta rejeição por apoio a Trump

A cantora Nicki Minaj, de 43 anos, tornou-se alvo de uma onda de rejeição nas redes sociais depois de demonstrar publicamente simpatia pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por causas ligadas ao conservadorismo.

Evento conservador e elogios a Trump acendem polêmica

O ponto de inflexão ocorreu no domingo (21 de dezembro de 2025), quando a rapper participou de um evento do Turning Point USA, grupo conhecido por sua atuação na direita política. Durante sua fala, Minaj elogiou Trump e o vice-presidente JD Vance, descrevendo-os como líderes que sabem se conectar com a "gente comum".

A controvérsia ganhou novas camadas quando a artista foi fotografada ao lado de Erika Kirk, viúva do ativista Charlie Kirk, assassinado em setembro na Universidade Utah Valley. Essas imagens foram interpretadas como um sinal de um alinhamento político mais definido e intensificaram o debate público sobre sua mudança de posicionamento.

Reação imediata dos fãs e questionamentos

Entre o público, o impacto foi rápido e contundente. Uma parcela significativa de fãs anunciou boicotes, deixou de segui-la nas plataformas digitais e começou a questionar a coerência entre sua postura atual e a trajetória construída ao longo dos anos.

Por muito tempo, Nicki Minaj esteve associada a pautas progressistas, como diversidade, apoio à comunidade LGBTQIA+ e discussões sobre igualdade racial. Essa mudança de rumo, portanto, foi especialmente sensível para antigos apoiadores, que se sentiram surpresos e desapontados.

De acordo com a agência de notícias AFP, o desgaste da imagem da artista aumentou ainda mais após declarações e publicações que foram interpretadas como transfóbicas, reacendendo críticas antigas.

Artistas reagem e analistas avaliam os riscos

A polêmica não ficou restrita aos fãs e repercutiu entre outros nomes da indústria. A cantora Kim Petras publicou mensagens em defesa de crianças trans logo após o assunto ganhar destaque, em um gesto visto como uma crítica indireta. Tammy Rivera questionou a presença de Minaj em eventos conservadores, enquanto o comediante D.L. Hughley apontou supostas incoerências entre o discurso atual da rapper e sua história no hip hop norte-americano.

Para analistas de cultura pop, o episódio ilustra os perigos de uma guinada política em um cenário marcado pela polarização. A avaliação é que esse movimento pode afastar parte da base de fãs e impactar negativamente relações profissionais dentro da indústria.

O especialista em marcas de celebridades, Jeetendr Sehdev, explicou à AFP que a aproximação de Minaj do universo de Donald Trump vai além da política. "Nicki Minaj sempre foi vista como uma figura de domínio e independência, alguém que não se explica para ninguém. Aproximar-se do universo de Donald Trump não é só sobre política, mas sobre afirmar autonomia, resistir ao cancelamento e defender liberdade de expressão", afirmou.

O caso de Nicki Minaj se tornou um exemplo vívido de como declarações políticas podem gerar um terremoto na relação entre uma celebridade e seu público, especialmente quando parecem contradizer valores anteriormente defendidos.