
O mundo do jornalismo esportivo perdeu um de seus grandes nomes nesta segunda-feira (18). Marcelo Bianconi, figura emblemática das transmissões esportivas, partiu aos 69 anos em São Carlos, no interior de São Paulo. A notícia pegou de surpresa fãs e colegas de profissão — afinal, quem não se lembra daquela voz inconfundível narrando jogos históricos?
Nascido em 1956, Bianconi construiu uma carreira sólida como repórter, comentarista e apresentador. Trabalhou em veículos como a Rádio Globo e a TV Gazeta, onde sua paixão pelo esporte contagiava até quem não entendia nada de futebol. "Ele tinha um jeito único de contar histórias", lembra um colega de redação que preferiu não se identificar.
Um legado que vai além dos gramados
Mais do que um profissional competente, Bianconi era daqueles jornalistas que transformavam simples partidas em verdadeiros épicos. Seus bordões ficaram marcados na memória dos ouvintes — quem nunca ouviu um "golaaaaaço" dito com aquela empolgação característica?
Nos últimos anos, o veterano repórter vinha enfrentando problemas de saúde, mas nunca perdeu o bom humor. "Mesmo nos dias mais difíceis, ele sempre tinha uma piada pronta", conta um amigo próximo. A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente pela família.
O adeus de uma geração
Nas redes sociais, a comoção foi imediata. De ex-atletas a torcedores anônimos, todos lembravam com carinho das transmissões que marcaram época. "Era como ouvir um tio querido contando sobre o jogo", escreveu um fã no Twitter.
O velório deve ocorrer nesta terça-feira (19) em São Carlos, cidade que o acolheu nos últimos anos. Detalhe curioso: Bianconi sempre dizia que adorava o clima tranquilo do interior paulista, longe do burburinho das grandes redações.
O esporte brasileiro perde uma voz. Mas o eco do seu trabalho — aquele jeito único de emocionar através do rádio e da TV — certamente vai continuar ressoando por muito tempo.