Juliana Paes vs. Sônia Braga: Quem é a Gabriela Definitiva? A Polêmica que Divide até a Família de Jorge Amado
Juliana Paes x Sônia Braga: Quem é a Melhor Gabriela?

Ah, a eterna briga de foice sobre qual atriz vestiu melhor o cheiro de cravo e canela de Gabriela. Não é brincadeira não, viu? A discussão sobre quem encarnou a personagem mais icônica de Jorge Amado com mais perfeição – se foi a estupenda Sônia Braga, no clássico dos anos 70, ou a arrebatadora Juliana Paes, no remake de 2012 – é daquelas que não morrem nunca. E olha, a coisa é séria até entre os que entendem do riscado.

Pois é. A questão é tão capciosa que chegou aos ouvidos de ninguém menos que Paloma Jorge Amado, a filha do escritor baiano. E ela, com a autoridade de quem carrega o sobrenome e a herança cultural, deu seu veredito. Mas calma lá, não foi um simples "gosto mais de uma". A opinião dela é um tantinho mais... complexa.

Dois Tempos, Duas Gabriellas Diferentes

Paloma traçou um paralelo fascinante. Ela enxerga a Gabriela da Sônia como algo puro, quase intocável – uma representação fiel da personagem tal qual saiu da máquina de escrever do seu pai. Era o Brasil dos anos 70 vendo aquele ícone pela primeira vez, uma explosão de sensualidade e liberdade que marcou época.

Já a versão da Juliana? Aquilo foi outra coisa. Uma releitura, uma nova roupagem para um novo Brasil. Paloma destacou a força, a modernidade que Paes trouxe para o papel. Não era mais só a mulher objeto, era a mulher sujeito da própria história. Uma pegada mais contemporânea, sem dúvida.

E aí, qual é melhor? Segundo a herdeira do criador, a pergunta não tem cabimento. São duas obras de arte de épocas distintas. Comparar é, no mínimo, injusto. É como querer escolher entre um vinho encorpado e uma caipirinha gelada. Depende do momento, do clima, da vontade.

O Elo Inquestionável: A Qualidade

Uma coisa, porém, é incontestável para Paloma: o talento brutal das duas intérpretes. Sônia Braga, com aquele magnetismo que deixava todo mundo de queixo caído. Juliana Paes, com a entrega visceral e a coragem de reinventar um mito. Ambas, cada uma a seu modo, acertaram em cheio.

E no fim das contas, o que fica é isso. A discussão é gostosa, dá pano pra manga, mas no fundo é sinal de que a obra de Jorge Amado é tão rica que permite múltiplas leituras. E que sorte a nossa ter tido duas atrizes fenomenais para dar vida a essa figura tão amada.

E você? De que time você é? Time Sônia, com aquele olhar matador de 1975? Ou time Juliana, com a ginga e a força de 2012? A verdade é que, graças a essas duas feras, Gabriela nunca morre – ela apenas se renova.