Hytalo Santos: Especialistas alertam sobre os perigos da adultização precoce após prisão do influenciador
Hytalo Santos: os riscos da adultização precoce nas redes

O caso do influenciador digital Hytalo Santos — preso recentemente — virou um verdadeiro balde de água fria no mundo das redes sociais. Não é só sobre um jovem que cometeu um erro, mas sobre um sistema que, muitas vezes, acelera a vida de adolescentes como se fossem produtos com data de validade.

Psicólogos ouvidos pelo JR 15 Minutos foram diretos: "Isso é uma bomba-relógio". A pressão por likes, visualizações e patrocínios cria uma distorção de realidade que nem todo cérebro em formação consegue processar. E o resultado? Situações como a de Santos, que agora responde a processos criminais.

O preço da fama precoce

Você já parou pra pensar como seria ter 16 anos e ser tratado como adulto por milhões de seguidores? A Dra. Luana Mendes, especialista em desenvolvimento adolescente, compara a situação a "colocar um motor de Ferrari num fusca".

  • Exposição constante a julgamentos públicos
  • Pressão por manter engajamento a qualquer custo
  • Maturidade emocional que não acompanha o crescimento digital

E não é exagero. Dados do Conselho Federal de Psicologia mostram que casos de ansiedade e depressão entre jovens influenciadores subiram 78% nos últimos três anos. Assustador, não?

O outro lado da moeda

Enquanto isso, nas delegacias, policiais relatam um aumento preocupante de adolescentes envolvidos em crimes digitais — desde calúnia até estelionato. "Eles acham que as regras do mundo virtual não valem no mundo real", comenta o delegado Carlos Brito, que já atuou em mais de 20 casos similares.

Mas calma, não vamos colocar toda a culpa nas redes sociais. A família e a escola têm papel crucial nisso tudo. Ou melhor, deveriam ter. Muitos pais, encantados com a possibilidade de ter um "filho famoso", acabam fechando os olhos para os riscos.

No fim das contas, o caso Hytalo Santos serve de alerta. Será que estamos criando uma geração de adultos em miniatura, sem dar a eles o direito de serem — pasme — crianças? A discussão está longe de acabar, mas uma coisa é certa: precisamos repensar urgentemente como lidamos com a infância e adolescência na era digital.