
Parece que a Vale resolveu apostar todas as fichas no ator Humberto Carrão para uma campanha publicitária — e, bom, digamos que o tiro saiu pela culatra. E como! A mineradora, que já enfrenta seu quinhão de controvérsias, agora se vê no centro de mais uma polêmica, desta vez no mundo da publicidade.
O comercial em questão, que circula nas redes sociais desde o início desta semana, mostra Carrão em situações que tentam — e falham miseravelmente — transmitir uma imagem de proximidade com o público. O resultado? Uma enxurrada de comentários negativos que deixam claro: a peça não colou.
O que deu errado na campanha?
Ah, onde começar? Talvez pela escolha do protagonista. Carrão, com todo respeito ao seu trabalho, não parece ser a figura mais adequada para representar uma empresa que busca se reconectar com a população. Há um certo descompasso entre o tom da campanha e a realidade da marca — algo que não passou despercebido pelo público.
As cenas mostram o ator em ambientes que supostamente representariam o "dia a dia" dos brasileiros, mas soam tão artificiais que chegam a causar desconforto. É daquelas situações em que você assiste e pensa: "será que ninguém na agência percebeu como isso soaria falso?"
A reação nas redes sociais
Não é exagero dizer que as plataformas digitais viraram um tribunal improvisado. Os comentários são implacáveis — e, em alguns casos, até engraçados, se não fosse triste. Usuários não poupam críticas à falta de autenticidade da campanha, questionando a estratégia de marketing da empresa.
"Mais uma prova de que as grandes empresas vivem em uma bolha", escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outro foi mais direto: "A Vale contratou um departamento de marketing cego, surdo e mudo?"
O curioso é que a rejeição parece ir além da simples crítica à peça publicitária. Reflete, talvez, um cansaço do público com tentativas óbvias — e mal executadas — de engajamento emocional.
Um caso de estudo em como não fazer publicidade
Analisando friamente, a campanha da Vale com Humberto Carrão reúne praticamente todos os ingredientes de um desastre publicitário:
- Escolha questionável de porta-voz
- Roteiro que beira o caricato
- Falta de sintonia com o momento atual
- Tom que não dialoga com a realidade do público
E o pior: numa época em que a autenticidade vale ouro, a peça soa como uma tentativa desesperada — e mal calculada — de parecer genuína.
Você já viu aquela cena de novela onde o personagem tenta se enturmar e só piora a situação? Pois é, me lembra bastante essa campanha.
E agora, José?
Resta saber como a Vale vai lidar com esse feedback — que, convenhamos, não poderia ser mais claro. Ignorar seria um erro estratégico gigantesco, mas tentar se justificar pode piorar ainda mais as coisas.
Uma coisa é certa: nas eras das redes sociais e do cancelamento, campanhas publicitárias precisam ser pensadas com muito mais cuidado. O público atual é ácido, perspicaz e não perdoa tentativas grosseiras de manipulação emocional.
Enquanto isso, Humberto Carrão provavelmente está se perguntando como uma simples job publicitária se transformou nesse pesadelo de relações públicas. Azar? Má timing? Falta de sensibilidade? Talvez um pouco de tudo.
O que fica como lição — dolorosa, mas necessária — é que, no marketing moderno, autenticidade não é um detalhe, mas a essência. E quando você tenta fabricá-la artificialmente, o resultado tende a ser catastrófico.