
O coração da cena musical sergipana parou nesta segunda-feira (11). Num daqueles dias que a gente nunca esquece — mesmo querendo muito. Aos 27 anos, o cantor filho do vocalista da lendária banda Alma Gêmea partiu de forma abrupta, deixando um vácuo no mundo da música regional.
Itabaiana acordou com a notícia que ninguém queria ouvir. O jovem artista, cujo nome ecoava pelos bares e festivais do interior, tinha aquela voz que arrepiava até os mais durões. Dizem que herdou o talento do pai, mas tinha um estilo único, cheio de gingado e personalidade.
Um talento que se apaga cedo demais
Quem acompanhava os shows do moço sabia: ele era daqueles raros — aqueles que transformam música em algo quase físico, que você pode tocar. Lembro de uma vez, num boteco qualquer, quando ele improvisou uma versão de "Asa Branca" que fez até o garçom parar com as bandejas.
Detalhes sobre as circunstâncias ainda são escassos. A família, claro, está arrasada. O pai, ícone da música nordestina, sempre dizia nos bastidores que o filho "ia longe". Ironia do destino, não? A vida às vezes prega peças de mau gosto.
O luto da cena artística
Nas redes sociais, a comoção foi imediata. Colegas de palco, fãs de primeira hora e até artistas consagrados deixaram mensagens que misturam dor com gratidão pelo legado musical. "Era como se ele tivesse nascido com o dom da melodia na veia", escreveu um produtor cultural.
- Começou a cantar antes mesmo de falar direito
- Fez sua primeira apresentação aos 9 anos, num festival escolar
- Já dividiu palco com grandes nomes da música regional
O velório deve acontecer ainda hoje na cidade que o viu crescer. Itabaiana sempre foi seu porto seguro — e agora se torna o cenário dessa despedida prematura. Resta à família, aos amigos e aos incontáveis admiradores a difícil tarefa de seguir em frente sem aquele sorriso fácil e a voz que acalmava até as almas mais atribuladas.
"A música perdeu uma estrela hoje, mas o céu ganhou uma nova voz", postou um fã emocionado. Difícil não concordar.