Porto Velho testemunhou algo realmente especial no último domingo. Enquanto o sol ainda dava seus primeiros sinais no horizonte, centenas de pessoas já se reuniam para a Corrida da Cooperação — e o resultado foi de emocionar até o mais cético dos observadores.
Mais de duas toneladas de alimentos não perecíveis. Parece até exagero, mas são números que falam por si só. Aquele montante impressionante de mantimentos já está a caminho de instituições que trabalham no apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social na região.
O poder das pequenas ações
O que me chamou atenção — e confesso que fiquei genuinamente surpreso — foi como uma simples corrida pode mobilizar tanta gente em prol de um bem maior. Não era só sobre competição ou tempo de percurso. Cada participante chegava com sua sacola de alimentos, cada família trazia sua contribuição, e no final… bem, no final tinhamos aquela montanha de solidariedade concretizada em pacotes de arroz, feijão e outros itens essenciais.
O Sicoob Amazônia, organizador do evento, mostrou na prática o que significa cooperativismo. Não é só um termo bonito no papel — é gente ajudando gente, é comunidade se unindo para fazer a diferença onde realmente importa.
Para onde vai toda essa comida?
As entidades beneficiadas já foram definidas e, segundo informações que obtive, a distribuição começará ainda esta semana. São organizações que trabalham no dia a dia com pessoas que realmente precisam desse apoio — e em tempos de orçamentos apertados, cada quilo de alimento faz uma diferença enorme na mesa de quem mais precisa.
Pense bem: duas toneladas não aparecem do nada. São centenas de participantes, cada um fazendo sua parte, cada doação somando à doação do próximo. É matemática simples, mas com um impacto social complexo e profundamente transformador.
O sucesso do evento — e aqui falo não apenas pela quantidade de alimentos, mas pela energia positiva que tomou conta do local — prova algo que às vezes esquecemos: as pessoas querem ajudar, querem fazer a diferença. Só precisam de oportunidades concretas para transformar essa vontade em ação.
Quem esteve lá pôde sentir no ar algo diferente. Não era apenas um evento esportivo — era uma demonstração prática de que, quando nos unimos, conseguimos coisas extraordinárias. E no final das contas, é disso que se trata o cooperativismo: somar forças para construir algo maior que nós mesmos.
