Punição inesperada para o tetracampeão em Interlagos
O piloto Max Verstappen enfrentará um desafio adicional no Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1. O holandês será obrigado a largar do pit lane após a Red Bull realizar mudanças significativas em seu carro fora do horário permitido pela FIA.
A situação começou a se complicar no sábado, 8 de novembro de 2025, quando Verstappen foi eliminado ainda na primeira fase do treino classificatório (Q1). Esta foi a primeira vez desde 2021, na Rússia, que o tetracampeão não conseguiu passar da fase inicial das classificações.
Mudanças técnicas que custaram caro
A equipe Red Bull confirmou a troca completa do motor e alterou as configurações que estavam preparadas para chuva intensa na RB21 de Verstappen. Os mecânicos foram flagrados trabalhando no carro durante a noite, após o período autorizado pela Federação Internacional de Automobilismo.
Segundo nota oficial da FIA publicada na manhã de domingo, 9 de novembro, a Red Bull instalou um novo Motor de Combustão Interna (ICE), Turbo (TC), Unidade Geradora de Energia Térmica (MGU-H), Unidade Geradora de Energia Cinética (MGU-K), Armazenamento de Energia (ES) e Eletrônica de Controle (CE). Todas essas alterações ultrapassaram as cotas permitidas para a temporada.
O documento da entidade reguladora deixou claro: "Todos os elementos da unidade de potência foram alterados durante o Parc Fermé sem a aprovação do Delegado Técnico da FIA".
Frustração e falta de aderência
Após sua eliminação precoce no Q1, onde terminou apenas na 16ª posição, Verstappen não escondeu sua frustração com o comportamento do carro. "Todo o fim de semana já tem sido bem difícil, mas isso foi um pouco inesperado", declarou o piloto.
Ele explicou que, mesmo após diversas mudanças no carro, o veículo não respondia como esperado. "Eu não tinha aderência nenhuma lá fora. Então, eu realmente tive que andar bem abaixo do limite, basicamente, e simplesmente não funcionou", desabafou o atual campeão.
Consequências no grid e no campeonato
Com a punição, Verstappen cede sua posição original para Esteban Ocon, Franco Colapinto e seu companheiro de equipe Yuki Tsunoda. No pit lane, ele se juntará ao brasileiro Gabriel Bortoleto, que não marcou tempo na classificatória, e a Ocon, que também recebeu um novo motor de combustão interna.
A situação complica ainda mais a campanha de Verstappen pelo título de pilotos. O holandês ocupa atualmente a terceira posição no campeonato, estando 30 pontos atrás do segundo colocado Oscar Piastri e 39 pontos do líder Lando Norris.
Os pilotos da McLaren, que largarão nas duas primeiras fileiras, têm a oportunidade de aumentar ainda mais sua vantagem sobre Verstappen caso confirmem bons resultados na corrida.
História recente dá esperança
Apesar das dificuldades, o retrospecto recente de Verstappen em Interlagos alimenta a esperança de seus fãs. No ano passado, o piloto holandês largou da 17ª posição e, aproveitando-se do caos gerado pela chuva e sua habilidade no molhado, conseguiu escalar posições e vencer a corrida.
As condições climáticas podem novamente desempenhar um papel crucial. Na manhã de domingo, uma chuva fina caía sobre o autódromo de Interlagos, com garoa intercalada a períodos de céu fechado.
Segundo as previsões, a possibilidade de chuva branda no início do GP está em torno de 40%, diminuindo à medida que a prova avança. Esta pode ser a carta na manga que Verstappen precisa para repetir a façanha do ano anterior.
A corrida do GP de São Paulo está programada para começar às 14h (horário de Brasília) deste domingo, 9 de novembro, prometendo emoções e reviravoltas em um dos circuitos mais tradicionais do calendário da Fórmula 1.