
Quem diria, hein? Depois de uma espera que durou nada menos que 21 longos anos, o Real Oviedo finalmente conseguiu — e com méritos, diga-se de passagem — o seu regresso triunfal à primeira divisão do Campeonato Espanhol. E, cá entre nós, a vida tem um senso de humor peculiar: o primeiro desafio dos asturianos na temporada 2025/26 não poderia ser mais emblemático, mais carregado de simbolismo.
Eles vão receber ninguém menos que o colossal Real Madrid. Sim, o próprio. Aquele mesmo que coleciona troféus europeus como se fossem figurinhas. O jogo está marcado para o próximo sábado, 24 de agosto, no estádio Carlos Tartiere, e já promete ser muito, muito mais do que apenas três pontos em jogo.
Uma Volta que Parecia Impossível
Para entender a dimensão dessa conquista, é preciso voltar no tempo. A última vez que o Oviedo respirou o ar rarefeito da elite foi lá em 2004. Desde então, foi uma montanha-russa emocional: quedas, quase-voltas, e uma esperança que teimava em não morrer. A promoção desta temporada, conquistada com suor e garra, não é apenas um feito desportivo; é a materialização do sonho de uma cidade inteira, de uma paixão que nunca se apagou.
E aí, o calendário resolveu pregar uma peça. Ou seria uma bênção? Logo o Real Madrid, um dos clubes mais glamorosos do planeta, para servir de batismo de fogo. A emoção está estampada na cara de todo mundo por lá — dos dirigentes aos torcedores mais antigos, que viram o time sumir e renascer das cinzas.
O que Esperar do Confronto?
O técnico do Oviedo, um sujeito que parece ter sangue frio de sobra, já deve estar com a cabeça a mil. Como conter uma máquina ofensiva como a do Madrid? A estratégia provavelmente vai envolver muita disciplina tática, um bloqueio compacto e, claro, torcer para que o fator casa pese a favor. Porque em termos de elenco e poderio financeiro, a diferença é abismal. Mas o futebol, ah, o futebol sempre guarda espaço para uma zebra.
Já o Real Madrid, mesmo em campo adversário, chega com a obrigação moral de vencer. É aquele tipo de pressão que só os grandes conhecem. Eles são os favoritíssimos, claro. Mas deslizes em jogos assim, contra times recém-promovidos e cheios de vontade, já mancharam a história de muitos gigantes.
O confronto não é apenas a abertura de uma temporada; é um capítulo à parte. Um reencontro de histórias que estavam separadas há tempos. Para o Oviedo, é a chance de mostrar que merece estar ali. Para o Madrid, é o dever de lembrar a todos porque é um dos maiores do mundo.
Uma coisa é certa: no sábado, todos os olhos do mundo do futebol estarão voltados para Oviedo. E não vai ser só por causa do visitante ilustre.