Popô, o Gigante Gentil do Boxe Baiano, Bate o Martelo: Chega de Luvas!
Popô anuncia aposentadoria do boxe aos 44 anos

Parece que o sino tocou pela última vez. Depois de mais de duas décadas trocando socos com a vida – e com adversários nada amigáveis –, o baiano Acelino "Popô" Freitas decidiu pendurar as luvas de vez. Aos 44 anos, o que não falta são histórias para contar.

E que histórias! Quem diria que aquele garoto de Salvador, que começou a boxear quase por acaso aos 18 anos, se tornaria um dos nomes mais respeitados do esporte mundial? Pois é. O tempo voa quando você está ocupado nocauteando desafios.

Da Bahia para o Mundo: A Trajetória de um Campeão

Popô não foi apenas um lutador. Foi um fenômeno. Entre 1995 e 2017, ele construiu uma carreira que faria qualquer um ficar de queixo caído – às vezes literalmente, no caso de seus oponentes. Com um cartel de 41 vitórias, sendo 34 por nocaute, e apenas 2 derrotas, o baiano mostrou que tinha aço na alma.

Mas os números, impressionantes como são, não contam toda a história. O que realmente marcou foi como ele lutava. Com uma intensidade que parecia vir direto das energias de Salvador, Popô entrava no ringue não apenas para vencer, mas para deixar sua marca.

Os Anos de Glória e os Títulos que Vieram para Ficar

Lembram-se de 1999? Enquanto o mundo se preocupava com o bug do milênio, Popô conquistava seu primeiro título mundial – o WBO. Mas ele não parou por aí. Não mesmo. Em 2002, veio o cinturão da WBA, consolidando o que todos já sabiam: o Brasil tinha um campeão de verdade.

E pensar que tudo começou naqueles treinos simples em Salvador, onde o som dos socos na sacaria se misturava com o ritmo do mar baiano. Quem poderia imaginar que aquele som ecoaria em arenas pelo mundo todo?

Mais que Socos: A Conexão com a Terra Natal

Aqui está algo que pouca gente comenta: Popô nunca esqueceu suas raízes. Mesmo quando estava no topo do mundo, ele mantinha aquela conexão especial com a Bahia. Não era apenas um lutador que vinha daqui – era um lutador que representava daqui.

E os baianos retribuíam o carinho. Nas ruas de Salvador, era comum ver crianças imitando seus golpes, sonhando com o dia que poderiam seguir seus passos. Popô não era apenas um ídolo do esporte; era parte do orgulho local.

Quantos atletas conseguem isso, hein? Criar uma ligação tão genuína com sua gente?

O Adversário Mais Díficil: A Hora de Parar

Todo grande lutador enfrenta esse momento. A decisão de dizer "chega". Para Popô, essa luta interna deve ter sido tão intensa quanto qualquer combate no ringue. Aos 44 anos, após 26 anos dedicados ao esporte, a conclusão chegou: era hora de virar a página.

Mas isso não significa o fim. Longe disso. A aposentadoria das lutas profissionais abre espaço para novos capítulos. Quem sabe mentorias, projetos sociais, ou simplesmente aproveitar a vida longe das pressões do alto rendimento?

Uma coisa é certa: o legado de Popô está gravado não apenas nos livros de recordes, mas no coração de cada fã que torceu por ele. O ringue pode ficar vazio, mas a memória de suas lutas épicas permanece.

E como dizem por aqui: valeu, campeão. A Bahia não esquece seus heróis.