O Palmeiras já começou a desenhar o futuro do seu elenco para a temporada de 2026. A diretoria alviverde definiu duas frentes de trabalho principais: uma aposta interna no setor ofensivo e uma incursão necessária no mercado para reforçar o meio-campo.
Aposta em "novos" reforços: Paulinho, Torres e Sosa
A primeira grande notícia para o técnico Abel Ferreira é que o clube não deve buscar um atacante nas próximas janelas de transferência. A estratégia é clara: recuperar o investimento e o potencial de três jogadores de alto custo que ainda não corresponderam às expectativas.
Os nomes em questão são os do meia-atacante Paulinho, do uruguaio Facundo Torres e do paraguaio Ramón Sosa. Juntos, Torres e Sosa representaram um desembolso de aproximadamente R$ 153 milhões aos cofres do Verdão, mas suas performances em 2025 ficaram abaixo do esperado.
Abel Ferreira conta com a evolução de ambos. Torres atuou em 61 jogos (43 como titular), com 10 gols e 5 assistências. Sosa, por sua vez, foi titular em apenas 10 das 29 partidas que disputou, contribuindo com sete participações em gols.
A situação de Paulinho é distinta, marcada por uma temporada de lesões. A joia, adquirida do Atlético-MG por R$ 115 milhões, esteve em campo apenas 16 vezes. Seu momento mais brilhante foi no Mundial de Clubes, quando marcou o gol da classificação contra o Botafogo. Em recuperação, ele não estará pronto para o início de 2026, mas o clube não pensa em negociá-lo, esperando tê-lo em plenas condições.
O Palmeiras só consideraria a venda de Facundo Torres e Ramón Sosa se conseguisse recuperar integralmente o investimento feito, um cenário considerado improvável dentro do clube.
A busca urgente por um volante marcador
Enquanto o ataque será resolvido internamente, a diretoria palmeirense terá que ir ao mercado para preencher uma lacuna crucial no meio-campo. Com a saída de Aníbal Moreno, o time ficou sem um volante com perfil marcador, característica que se tornou prioridade absoluta para a comissão técnica.
A permanência de Emiliano Martínez está prevista, mas ele não possui esse mesmo perfil defensivo. Diante da necessidade, o Verdão já sondou algumas opções.
Um dos nomes que surgiu no radar foi Gerson, atualmente no Zenit, da Rússia. No entanto, o valor exigido pelo clube russo, próximo aos R$ 200 milhões, fez o Palmeiras recuar e esfriar o interesse.
Outra consulta foi feita pelo experiente Fabinho. Contudo, em conversas com o staff do jogador, ficou claro que suas prioridades de carreira são outras. O volante tem contrato com o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, até junho de 2026, e poderia assinar um pré-contrato a partir de janeiro.
O planejamento para o futuro
As movimentações mostram um Palmeiras que busca equilíbrio entre gestão financeira e reforço esportivo. A confiança no trabalho de Abel Ferreira para extrair o melhor de jogadores que custaram caro é uma aposta. Paralelamente, o clube reconhece uma deficiência técnica no elenco e se movimenta para corrigi-la, mesmo que isso signifique enfrentar um mercado de valores inflacionados.
O caminho para 2026, portanto, está sendo traçado em duas vias: a paciência e o trabalho com o que já se tem no ataque, e a agilidade e discernimento para encontrar a peça que falta no meio-campo.