
Olha, a situação do Palmeiras na Libertadores não é das mais animadoras, pra não dizer outra coisa. Quem é palmeirense e acompanha futebol sabe que as vezes o time precisa dar a volta por cima, mas dessa vez a coisa tá feia. Muito feia.
O time de Abel Ferreira — aquele português que a gente já conhece bem — praticamente deu adeus à competição continental. Não é exagero. A derrota por 1 a 0 para o Independiente Del Valle, no Equador, complicou tudo. Tudo mesmo.
E a matemática? Ah, a matemática é cruel. Para se classificar, o Palmeiras precisa agora de um verdadeiro milagre. Ou melhor, de uma combinação de resultados tão improvável que chega a doer só de pensar.
O que precisa acontecer? Uma sequência de eventos digna de filme
Primeiro: o Verdão tem que ganhar do San Lorenzo, na próxima rodada, aqui no Allianz Parque. Mas não é qualquer vitória. Tem que ser goleada. E dos grandes. Precima marcar pelo menos quatro gols — e tomar nenhum. Quatro a zero, no mínimo.
Segundo: e isso é ainda mais surreal — o Independiente Del Valle, justo aquele que acabou de vencer o Palmeiras, tem que perder em casa. Perder para o último colocado do grupo, o Liverpool-URU, que até agora não venceu nenhuma partida. E não pode ser qualquer derrota: tem que ser de goleada também.
Consegue imaginar? Dois placares elásticos, simultâneos, a favor do Alviverde? As chances são tão mínimas que beiram o zero. Quase um delírio futebolístico.
E no Brasileirão? A pressão aumenta
Enquanto isso, no campeonato nacional, a coisa não está muito melhor. O time vem de um empate sem gols com o Corinthians — aquele clássico que sempre dá o que falar — e agora precisa focar na recuperação. Abel Ferreira já deve estar com a cabeça a mil, tentando achar soluções onde parece não haver muitas.
O elenco é bom, todo mundo sabe. Tem qualidade, tem história. Mas o futebol é isso: às vezes a bola não entra, o adversário faz um gol contra o curso do jogo, e o destino simplesmente vira as costas.
Restam agora duas rodadas na fase de grupos. Duas. E uma esperança tão tênue que mais parece um fio de cabelo. Será que o Palmeiras consegue surpreender? Eu duvido. Mas no futebol, como na vida, nunca se pode dizer nunca.
Os próximos dias vão ser de muita tensão. E torcida. Muita torcida.