A terceira edição da NBA Cup, torneio in-season da liga norte-americana de basquete, chegou ao fim na última terça-feira, 16 de dezembro de 2025, com um campeão inédito. O New York Knicks superou o San Antonio Spurs por 124 a 113 em Las Vegas, mas a celebração foi discreta, revelando o status ainda em construção da competição.
Um título que não será lembrado no teto
Ao contrário dos campeões anteriores, Los Angeles Lakers (2023) e Milwaukee Bucks (2024), o Knicks não pretende pendurar a flâmula de campeão da NBA Cup no teto do Madison Square Garden. A decisão fala por si sobre o peso que o clube atribui ao troféu, mesmo vivendo uma seca de títulos que dura desde a década de 1970.
O MVP da final, o armador Jalen Brunson, resumiu o sentimento pós-vitória: “Não acho que vamos fazer um desfile. Vamos aproveitar isso. Mas, quando formos embora de Las Vegas amanhã, seguimos em frente”, declarou, mostrando que o foco da equipe permanece na longa jornada da temporada regular da NBA.
Mudanças no formato a caminho
O futuro da NBA Cup já tem novas diretrizes. Em entrevista à Amazon Prime, o comissário da liga, Adam Silver, anunciou mudanças significativas a partir da próxima edição. Apenas a final continuará sendo disputada em quadra neutra. As semifinais, por sua vez, serão realizadas nas arenas dos times de melhor campanha em cada conferência, abandonando o formato concentrado em Las Vegas.
A decisão é uma resposta ao baixo público registrado nas semifinais na cidade do jogo. Embora a NBA tenha anunciado a final com ingressos esgotados, investigações do New York Post indicaram que muitos ingressos foram distribuídos para "seat fillers" (pessoas que ocupam assentos para dar a impressão de casa cheia). Silver também mencionou a possibilidade de levar a final para ginásios históricos do basquete universitário no futuro.
Um ponto positivo destacado pelo comissário foi o aumento de mais de 14% na audiência da transmissão em relação a 2024. Silver creditou parte desse crescimento à cobertura da Amazon Prime, que contou com um time estelar no pré e pós-jogo, incluindo lendas como Steve Nash, Blake Griffin, Dirk Nowitzki e Udonis Haslem.
Panorama do basquete brasileiro
Enquanto a NBA faz seus ajustes, a lição da cobertura de qualidade é destacada como um exemplo para o NBB (Novo Basquete Brasil). A coluna também traz um panorama dos times cariocas na competição nacional.
O Flamengo perdeu a liderança para o Pinheiros e passa por um reajuste. A equipe rubro-negra viu a estreia de Franco Baralle, que ainda busca ritmo de jogo, e a saída do experiente armador Dee Bost, uma perda significativa para o elenco e para a liga.
Já o Botafogo vive momento de alerta, ocupando a penúltima posição (19ª) com uma sequência difícil pela frente, incluindo jogos contra o líder Pinheiros (27/12) e o Flamengo (29/12).
O Vasco da Gama, apesar de ainda figurar na última colocação, conquistou uma importante vitória na prorrogação sobre o Caxias, por 80 a 79, e projeta o returno como um novo começo para sua campanha.
Fora das quadras do NBB, o brasileiro Gui Santos, do Golden State Warriors, foi destaque em série do canal da NBA Brasil. Em conversa com a coluna, Santos minimizou a importância de estatísticas individuais e falou sobre a pressão na competitiva Conferência Oeste. “O OKC vem muito forte mesmo. Eles têm o Shai (Gilgeous-Alexander), mas nós temos o melhor jogador do mundo: Steph Curry”, afirmou, demonstrando confiança no time para os mais de 50 jogos que restam na temporada.