
Parece que alguém andou a subestimar Viktor Gyokeres. E, bem, ele não gostou nada disso. Numa tarde de domingo que prometia ser mais um amistoso tranquilo, o ponta-de-lança do Sporting CP decidiu transformar o relvado num palco de respostas. E que respostas!
Perante um gigante como o Arsenal, a equipa de Rúben Amorim não se encolheu. Muito pelo contrário. Partiu para cima com uma coragem que, francamente, fez parecer que eram eles os favoritos. Aos 17 minutos, lá estava ele. Gyokeres, aproveitando um cruzamento primoroso de Marcus Edwards, apareceu no sítio certo para, de primeira, mandar uma bomba para as redes. O Emirates Stadium (ou melhor, o estádio Algarve, que acolheu o jogo) ficou em silêncio – pelo menos do lado dos ingleses.
Mas o Arsenal é o Arsenal, não é? Eles reagiram, é claro que reagiram. Kai Havertz, ainda no primeiro tempo, conseguiu o empate. Aos 42 minutos, um balneário mais pensativo para os leões.
O Melhor Ataque é... Continuar a Atacar
O intervalo parece ter servido para o Sporting lembrar-se de quem é que estava realmente a comandar as operações. Aos 55 minutos, a magia aconteceu de novo. Uma jogada rápida, uma troca de passes que deixou a defesa do Arsenal a ver navios, e lá estava o homem do momento. Gyokeres, ice-cool na cara do guarda-redes, não perdoou. 2-1.
E não, não foi um golo qualquer. Foi um golo que gritou "aqui estou eu". Foi a afirmação de um jogador que chegou para ser decisivo e que, pelos vistos, não lida bem com dúvidas alheias. Nos comentários pós-jogo, a satisfação era evidente. "Sempre acreditei no meu trabalho", disse o sueco, com a humildade de quem acabou de calar meio mundo. Amorim, na sua conferência de imprensa característica, não conseguiu disfarçar o sorriso. A mensagem foi clara: este é apenas o começo.
Para os Gunners, foi um balde de água fria. Um teste que, supostamente, serviria para afinar a máquina, revelou algumas fissuras preocupantes. Para os leoninos, foi mais do que uma vitória num jogo de preparação. Foi uma declaração de intentos. Foi um aviso para a Liga Portugal e para a Europa.
Com uma exibição de raça, organização tática e – não nos esqueçamos – um killer instinct na área que é puro ouro, o Sporting mostrou que veio para ficar. E Gyokeres? Esse veio para marcar. Literalmente.