
Numa noite que prometia ser quente na Arena, o que veio foi um frio… de geladeira desligada. Grêmio e Ceará se enfrentaram num daqueles jogos que você até tenta se empolgar, mas acaba olhando mais para o relógio do que para o gramado.
O time do Renato Gaúcho – aquele mesmo que a gente conhece das grandes noites – simplesmente não apareceu. Ou apareceu sem vontade, sem criatividade, sem aquele sangue nos olhos que a torcida tanto grita por. E olha que eu não tô exagerando não.
Primeiro tempo? Melhor nem comentar
Os primeiros 45 minutos foram daqueles que dão sono. O Grêmio tentou, vamos ser justos, mas tentou do jeito errado. Muitas bolas longas, pouca organização e aquela sensação de que faltava um click – na verdade, faltavam vários.
O Ceará, bem… o Ceará também não foi lá essas coisas. Mas convenhamos: time que joga fora de casa, contra um gigante como o Grêmio, até que se defendeu bem. Eles chegaram a assustar num ou outro contra-ataque, mas nada que fizesse o goleiro Gabriel Grando suar a camisa.
Segundo tempo: mais do mesmo
Quando o juiz apitou o reinício, a esperança voltou. Será que iam acordar? Será que iam botar água no feijão? A resposta veio em campo: não.
O Grêmio continuou patinando. Os jogadores pareciam conversar em idiomas diferentes – cada um fazia uma coisa, ninguém se entendia. E o pior: sem intensidade. Parece até que tão jogando com medo de errar, o que é estranho pra um time que tem a tradição do Grêmio.
O Ceará, pragmático, segurou o resultado. Eles não foram para cima, não se arriscaram muito, e no fim das contas, saíram felizes daqui com um ponto no bolso. Quem não saiu feliz foi a torcida gremista, claro.
E agora, Grêmio?
O pior de tudo não é o empate em si. É o que ele representa: mais uma rodada sem vencer, mais uma chance perdida de subir na tabela. O time tá empacado, parece que não sai do lugar. E olha que o campeonato tá só começando – imagina lá na frente?
Renato Portaluppi tem trabalho pela frente. Muito trabalho. Precisa encontrar um jeito de botar esse time pra jogar, de dar confiança pros jogadores, de fazer a engrenagem funcionar. Porque do jeito que tá, vai ser uma temporada longa… e sofrida.
Próximos jogos vão definir muita coisa. A torcida espera – e exige – uma reação. Porque time grande não pode se contentar com noites mornas como essa.