Ginasta Capixaba Faz História no Mundial de Ginástica Rítmica e Conquista Vaga Inédita para o Brasil
Ginasta capixaba faz história em Mundial de Ginástica Rítmica

Ela mal completou 16 anos, mas já carrega nas costas — ou melhor, nas mãos — o peso de uma conquista histórica para o esporte brasileiro. Maria Edurada Alexandre, ou simplesmente Duda, como é chamada por todos, não é apenas mais uma ginasta. É a primeira capixaba a conseguir algo que parecia distante: uma vaga na final do individual geral do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica.

O feito aconteceu em Budapeste, na Hungria, durante as eliminatórias da competição. E olha, não foi por pouco não. A garota terminou na 14ª posição geral, com incríveis 66.550 pontos. Sabe o que isso significa? Que ela superou adversárias experientes e consolidadas, mostrando que talento e determinação não têm idade.

Do Espírito Santo para o Mundo

Natural de Vila Velha, Duda treina desde os sete anos de idade. Sim, você leu certo: quase metade da vida dela foi dedicada a fitas, arcos, maças e bolas. Seu técnico, o búlgaro George Zonkov, não esconde o orgulho. "Ela tem algo especial", disse, em entrevista após a classificação. "A mentalidade, a disciplina… coisas que não se ensinam."

E não para por aí. Além do individual geral, a brasileira também garantiu presença em outras três finais por aparelhos: arco (16ª), bola (15ª) e fita (13ª). Algo absolutamente inédito para uma atleta verde-amarela na modalidade.

Uma Conquista que Vai Além dos Pontos

O que muita gente não percebe é o tamanho do simbolismo disso. A ginástica rítmica sempre foi dominada por europeias e asiáticas. Ver uma brasileira — e ainda por cima capixaba — brigando de igual para igual é mais que um marco esportivo. É cultural.

E a reação nas redes sociais? Viralizou na hora. De repente, todo mundo queria saber quem era essa menina de sorriso fácil e performance explosiva. "Nem acredito que é da minha cidade!", comentou uma seguidora no Instagram. "Finalmente o Brasil descobrindo que aqui também tem ouro", postou outra.

Maria Eduarda agora se prepara para as finais, que acontecem neste fim de semana. A torcida, é claro, já está armada. Quem viu, garante: ela não está lá apenas para participar. Está para competir. E, quem sabe, fazer ainda mais história.

Ah, e detalhe: mesmo que não suba ao pódio — o que já seria fantástico —, ela já garantiu vaga para os Jogos Mundiais de 2025, na China. Ou seja: isso é só o começo.