
La Plata testemunhou uma noite dura para o Flamengo. Muito dura, diga-se de passagem. O Rubro-Negro brasileiro não conseguiu superar o sólido — e um tanto quanto pragmático — Estudiantes e acabou sucumbindo por 1 a 0 no estádio Jorge Luis Hirschi.
O gol que decidiu o embate? Ah, veio mesmo no começo, ainda aos 12 minutos do primeiro tempo. Pablo Piatti, com muita sagacidade, aproveitou um rebote dentro da área e mandou para as redes. O lance pegou todo mundo de surpresa, até mesmo a torcida local, que explodiu em um misto de alegria e alívio.
E o Flamengo? Bem… tentou. Teve posse de bola, é verdade. Dominou as estatísticas de passes, também. Mas foi justamente aí que morou o problema: um excesso de toques, uma falta gritante de objetividade e aquela velha sensação de que faltou um plano B quando as coisas não saíram como o planejado.
No banco, Tite não conseguiu encontrar respostas
O técnico assistiu da beira do gramado a sua equipe criar, mas não finalizar. Pedro e Cebolinha, normalmente tão decisivos, pareciam estar com a mira desregulada. E quando a bola finalmente chegava perto do gol argentino, lá estava Mariano Andújar — sim, o veterano goleiro — fazendo intervenções importantes.
Não dá pra ignorar, no entanto, o contexto. Jogar na Argentina nunca é fácil. A pressão da torcida, o gramado um pouco mais pesado… são fatores que pesam, e muito. Mas times grandes são feitos para superar isso, não é mesmo?
E agora, José?
A matemática da classificação ficou bem mais complicada para o Mengão. Com o resultado, o time cai para a terceira posição do Grupo H, atrás do próprio Estudiantes e do Bolívar — que venceu sua partida.
Isso significa que o caminho agora está fora das mãos do Flamengo. Para se classificar, precisa vencer sua última partida e torcer — muito — por um tropeço do Bolívar. Algo que ninguém no Rio de Janeiro esperava ter que fazer há algumas semanas.
O clima no vestiário era de frustração, obviamente. Jogadores entreolhando-se, sem muitas palavras. A sensação é de oportunidade perdida, daquelas que doem no bolso e na alma.
Restam agora os 90 minutos finais. Uma última chance de consertar o que deu errado e manter viva a dream da conquista continental. O torcedor, é claro, já está com o coração nas mãos.