
Que noite para esquecer para a nação rubro-negra! Na icônica Arena Fonte Nova, em Salvador, o Flamengo simplesmente desmoronou diante do Bahia. E olha que eu nem estou exagerando - foi daqueles jogos que deixam qualquer torcedor com a pulga atrás da orelha.
O lance que mudou tudo aconteceu ainda no primeiro tempo, lá pelos 27 minutos. Everton, o tal do Cebolinha, recebeu o segundo amarelo depois de uma falta absolutamente desnecessária. A torcida do Bahia explodiu, claro, enquanto os rubro-negros na arquibancada só restava fazer aquela cara de "agora ferrou".
O segundo ato da tragédia
Mas calma que a festa - ou melhor, o pesadelo - não parou por aí. Quando você achava que já tinha visto de tudo, eis que surge o segundo expulso. Aos 41 minutos, Gerson, que já estava com amarelo, comete uma falta infantil e leva o segundo cartão. Pronto: dois a menos em campo antes mesmo do intervalo.
Imagina a cena no vestiário? Tite, com aquela cara de poucos amigos que ele sabe fazer tão bem, deve ter dado uma das broncas do século. E não é pra menos - perder dois homens em menos de 15 minutos é coisa de time desorganizado, amador até.
O gol que sacramentou o destino
O segundo tempo foi basicamente um cerco. O Bahia, sabendo da vantagem numérica, partiu pra cima sem dó. E aos 12 minutos, Everaldo, esse sim aproveitando as sobras da defesa desorganizada do Flamengo, mandou pro fundo das redes. 1x0, e a Fonte Nova simplesmente veio abaixo.
O resto do jogo? Bem, foi basicamente o Flamengo tentando o impossível com nove jogadores. Pedro e Luiz Araújo entraram, mas francamente - contra onze, a missão era praticamente heróica. E heróis, naquele dia, estavam em falta no lado rubro-negro.
Ah, e pra completar o pacote de horrores, o Bahia ainda perdeu um pênalti. Bobeira do Caio Paulista, que derrubou Ademir na área. Thaciano cobrou e - acreditem - ERROU! Mas já era tarde demais para qualquer milagre.
Reflexões de um desastre anunciado
Olha, não dá pra ignorar alguns fatos. Primeiro: essa escalação de Tite foi, no mínimo, questionável. Deixar Arrascaeta e Pedro no banco? Ousadia ou ingenuidade? Segundo: a disciplina, ou falta dela, foi simplesmente catastrófica.
Dois jogadores expulsos no primeiro tempo não é azar, é falta de cabeça. É como se o time tivesse entrado em campo achando que a vitória viria de presente. Ledo engano.
O Bahia, por outro lado, mostrou maturidade. Soube explorar as expulsões, controlou o ritmo do jogo e garantiu os três pontos sem maiores sustos. Merecido? Totalmente.
Enquanto isso, o Flamengo volta pro Rio com mais perguntas que respostas. Será que foi apenas um dia ruim? Ou será que temos problemas mais sérios de concentração e disciplina? O tempo - e os próximos jogos - dirão.
Uma coisa é certa: no futebol, como na vida, não dá pra jogar com dois a menos e esperar ganhar. A menos, é claro, que você acredite em milagres. E pelo visto, na Fonte Nova, os milagres estavam em falta para o lado rubro-negro.