
Parece que a Copa do Mundo de 2026 vai ser daquelas que a gente acompanha mais pela TV do que pessoalmente. E não é por falta de vontade, não. O problema é que os ingressos estão com preços que fazem qualquer um pensar duas, três, até quatro vezes antes de se aventurar nessa jornada.
O que está rolando é simplesmente surreal. Para conseguir um ingresso, o torcedor tem que entrar numa fila virtual — daquelas que a gente já conhece bem — e torcer para ter sorte num sorteio. Sim, um sorteio! Como se já não bastasse a ansiedade normal de ver o Brasil jogar.
Os números que assustam
Vamos falar de valores? A categoria mais barata — aquela que te deixa lá no alto do estádio, quase vendo o jogo com binóculo — custa uns 120 dólares canadenses. Convertendo para o nosso real, dá mais de R$ 400. Por um único jogo! E olhe que isso é só o começo.
Se você quer algo mais decente, prepare o bolso. Os ingressos nas categorias intermediárias podem chegar a 350 dólares canadenses. Isso significa quase R$ 1.200 saindo da sua conta para assistir a apenas uma partida. É dinheiro que não tá fácil para ninguém, convenhamos.
E tem mais...
Os pacotes completos? Esses então são para pouquíssimos. A FIFA está oferecendo pacotes que incluem vários jogos, mas os preços são tão elevados que fazem a gente questionar se vale a pena. Tem opção que ultrapassa os 2.000 dólares canadenses — algo em torno de R$ 7.000!
Não é à toa que muitos torcedores estão desistindo na hora. A combinação de preços altos com a complexidade do processo de compra está criando uma barreira quase intransponível.
O que dizem os especialistas
Quem entende do assunto alerta: essa pode ser a Copa com menor presença brasileira em tempos recentes. E o problema não é falta de amor pelo futebol. É matemática pura — a conta não fecha para a maioria das famílias.
Imagine só: além do ingresso caríssimo, tem passagem aérea, hospedagem, alimentação, transporte... Tudo em dólar canadense, uma moeda que não está nada barata para nós brasileiros. O custo total dessa aventura pode facilmente ultrapassar os R$ 20.000 por pessoa. Quem tem esse dinheiro sobrando hoje em dia?
E tem outro detalhe que pouca gente comenta: o fuso horário. O Canadá fica a horas de diferença do Brasil, o que significa que os jogos vão ser transmitidos em horários complicados por aqui. Mais um motivo para pensar se vale a pena todo esse investimento.
Uma realidade diferente
Lembro das Copas passadas, onde dava para encontrar torcedores brasileiros em todos os cantos. Agora, a perspectiva é bem diferente. A menos que aconteça algum milagre — ou que a FIFA reveja esses preços —, vamos ver muito menos verde e amarelo nos estádios.
É uma pena, porque Copa do Mundo é mais que futebol: é experiência, é cultura, é paixão. Mas quando os números não fecham, a realidade bate na porta. E essa realidade, pelo visto, vai manter muitos de nós no sofá de casa, torcendo à distância.
Restou alguma esperança? Bom, sempre tem a possibilidade de last-minute, de promoções de última hora. Mas contar com isso é como contar com gol de bicicleta aos 45 do segundo tempo — pode acontecer, mas não é algo para se depender.
Enquanto isso, vamos acompanhando as notícias e torcendo — não só pelo hexa, mas por uma reviravolta nessa situação dos ingressos. Quem sabe a pressão dos torcedores faça a FIFA repensar essa estratégia?