Djibril Cissé revela ódio por argentinos e desejo de vingança na Copa de 2026
Cissé não superou final de 2022 e quer revanche em 2026

Três anos após a dramática final da Copa do Mundo de 2022, o ex-atacante da seleção francesa Djibril Cissé demonstra que as feridas ainda estão abertas. Em participação em um programa especial do jornal L'Équipe, dedicado à decisão, o francês de 44 anos não escondeu a revolta que sente ao revisitar a derrota para a Argentina.

Raiva e desejo de vingança

Cissé foi categórico ao descrever seus sentimentos. "Depois de ver as imagens, fiquei furioso. Sinto muito ódio dos argentinos", confessou o ex-jogador, que atuou por Liverpool e Lazio. Ele foi além e definiu o atual campeão mundial como o principal rival dos franceses no futebol. "Claramente, hoje eles são o nosso principal inimigo", acrescentou.

O ex-atleta, que defendeu a França em duas Copas do Mundo, também falou sobre um desejo específico de revanche. Ele mira a próxima edição do torneio, em 2026, que será sediada no México, Estados Unidos e Canadá. "Quero conquistar a terceira estrela [de campeão do mundo] no último jogo de [Lionel] Messi em uma Copa do Mundo. Temos duas ou três contas a acertar com a Argentina", disparou Cissé, referindo-se à possibilidade de uma final entre as duas seleções.

A polêmica com Enzo Fernández

As críticas de Djibril Cissé não se limitaram à equipe argentina como um todo. Ele também dirigiu suas palavras ao meio-campista Enzo Fernández, atualmente no Chelsea. A polêmica envolve cânticos considerados ofensivos e racistas entoados pelo jogador dentro do ônibus da seleção argentina, durante uma transmissão ao vivo no Instagram, logo após a conquista do título em 2022.

"Não consigo entender como seus companheiros o perdoaram", resumiu o francês, demonstrando indignação com a atitude. Na época, Enzo Fernández publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, afirmando que as palavras da música não refletiam seus valores e que se deixou levar pela euforia da conquista.

O legado de uma final histórica

A final da Copa do Mundo de 2022, disputada em 18 de dezembro no estádio de Lusail, no Catar, terminou com a Argentina vencendo nos pênaltis por 4 a 2, após um empate em 3 a 3 no tempo normal e na prorrogação. Foi o terceiro título mundial dos argentinos, consolidando a despedida de Lionel Messi da competição.

Para a França, a derrota significou a perda da chance de se tornar bicampeã mundial seguida, após levantar a taça em 2018. O jogo, repleto de emoções e reviravoltas, claramente deixou marcas profundas em ex-jogadores como Cissé, que ainda carrega o peso da rivalidade intensificada.

A declaração do ex-atacante reacende o debate sobre o limite das rivalidades esportivas e mostra como certas derrotas transcendem o campo, ecoando por anos na memória dos envolvidos. A Copa de 2026 promete ser palco de mais um capítulo dessa intensa história entre duas das maiores potências do futebol mundial.