
Que partida, meus amigos! O Estádio da Luz transformou-se num caldeirão de emoções nesta terça-feira, com Benfica e Chelsea entregando-se a um verdadeiro duelo épico pela fase de grupos da Champions League. E que duelo!
Logo aos 12 minutos, parecia que os encarnados iam sofrer um duro golpe. O jovem talento Estevão Willian, com uma movimentação simplesmente genial, deixou a defesa portuguesa a ver navios e colocou os ingleses em vantagem. Aquele golo do miúdo brasileiro — que, cá entre nós, joga como se tivesse 30 anos de experiência — deixou o estádio momentaneamente em silêncio.
O Empate Que Acordou o Gigante
Mas o Benfica não é daqueles que se rende facilmente. Aos 34 minutos, após uma jogada trabalhada que parecia saída diretamente do manual de tática portuguesa, Angel Di Maria — sim, aquele mesmo que já nos habituou a momentos mágicos — apareceu no lugar certo para empatar a contenda. A explosão de alegria na bancada foi algo de se ver, uma verdadeira catarse coletiva.
O intervalo chegou com o empate, mas todos sentíamos que a história estava longe de terminar. E como estávamos certos!
Segundo Tempo de Arrancar os Cabelos
O complemento começou com os ingleses mostrando porque são considerados um dos gigantes do futebol europeu. Aos 53 minutos, após uma confusão na área que deixou até os comentaristas sem palavras, Mykhailo Mudryk apareceu como um raio para recolocar os blues em vantagem. 2-1, e o desânimo pairou sobre Lisboa.
Mas esperem aí — o melhor estava por vir!
Aos 68 minutos, numa jogada que parecia mais obra do destino do que do treinador, o suplente Marcos Leonardo entrou em campo e, pasmem-se, apenas 4 minutos depois já celebrava o golo do empate! Foi daquelas substituições que parecem saídas de um filme, uma decisão de mestre que reacendeu completamente as esperanças benfiquistas.
O Final Que Ninguém Esperava
Quando todos já se preparavam para contentar-se com um empate honroso, eis que nos descontos — aqueles minutos que fazem crescer cabelos brancos em qualquer treinador — o Chelsea surpreende com um remate de longa distância que deixou Trubin sem qualquer hipótese. O golo de Cesare Casadei, aos 90+3 minutos, caiu como uma bomba no Estádio da Luz.
Confesso que fiquei sem palavras por uns bons segundos. Como é possível tanta dramaticidade num só jogo?
O resultado final de 3-2 não reflete, nem de longe, a intensidade desta batalha campal entre duas equipas que deram tudo em campo. O Benfica saiu de cabeça erguida, mostrando uma garra impressionante, enquanto o Chelsea provou que na Champions League cada segundo conta — literalmente até ao último.
Para os portugueses, ficam as lições e a certeza de que nesta competição não há margem para deslizes. Para os ingleses, a confirmação de que o investimento em jovens talentos está a dar os seus frutos. E para nós, espectadores, ficou o privilégio de assistir a 90 minutos daquilo que faz do futebol europeu simplesmente irresistível.