
Imagine a cena: flores, música triste, pessoas chorando. Um típico funeral em San Pedro Sula, Honduras. Só que desta vez, o falecido decidiu participar ativamente da cerimônia.
E não foi de maneira sutil. O rapaz de 24 anos, identificado apenas como Kevin, começou a gritar e a bater no caixão fechado. "Estou vivo! Abram isso aqui!", berrava ele, transformando o luto em puro pandemônio.
O "defunto" que não cooperou
Os familiares, é claro, acharam que era algum tipo de alucinação coletiva. Quem já viu um morto reclamar do próprio enterro? Mas os gritos persistiam, cada vez mais desesperados. Foi quando alguém teve a coragem – ou o desespero – de abrir o caixão.
Lá estava Kevin, suando, assustado, mas muito, muito vivo. O susto foi tão grande que alguns parentes quase se juntaram a ele no caixão, de tão assustados. Uma senhora desmaiou na hora, precisando de mais cuidados médicos que o próprio "ressuscitado".
Como alguém é declarado morto por engano?
Aqui é que a história fica ainda mais bizarra. Kevin havia sido encontrado desacordado após um possível ataque cardíaco. Os paramédicos, ao chegarem, não detectaram sinais vitais. Dois médicos diferentes confirmaram o óbito. Um erro crasso, digno de filme de terror.
O que ninguém percebeu é que o jovem estava em um estado de catalepsia profunda – uma espécie de hibernação humana onde as funções vitais ficam tão reduzidas que são quase imperceptíveis. Uma condição raríssima, mas que quase custou a vida dele.
"Senti que estava sendo enterrado vivo", contou Kevin depois, ainda tremendo. "O pior pesadelo de qualquer pessoa."
O verdadeiro milagre
O que salva essa história de ser uma tragédia é o timing quase cinematográfico. Se o funeral tivesse começado meia hora mais tarde, ou se o caixão tivesse sido lacrado mais cedo... bem, é melhor nem pensar.
Médicos locais estão revisando protocolos de declaração de óbito. Afinal, quantos outros "Kevins" podem ter sido enterrados por engano? É um pensamento que dá arrepios.
Enquanto isso, a família está organizando uma nova celebração – desta vez, pelo verdadeiro milagre da vida. E Kevin? Diz que vai esperar bastante tempo antes de aceitar qualquer convite para outro funeral.