Secretário da Bahia vincula incêndio a religiões de matriz africana e gera polêmica
Secretário da BA vincula incêndio a religiões africanas

A coisa começou de repente - um terreno baldio pegando fogo numa terça-feira qualquer. Mas o que parecia mais um incidente comum tomou proporções bem maiores quando um secretário municipal resolveu dar seu palpite. E que palpite!

O secretário de Serviços Públicos de Cidade, na Bahia, simplesmente jogou uma bomba: relacionou as chamas a práticas de religiões de matriz africana. Isso mesmo, você não leu errado.

Fala polêmica gera reação imediata

O que ele disse exatamente? Bom, segundo testemunhas, o secretário afirmou que o incêndio tinha "características de rituais" dessas religiões. A declaração, claro, não demorou nem cinco minutos para causar rebuliço.

Imagina só - um representante do governo municipal fazendo esse tipo de associação. Parece aquelas situações que a gente pensa "isso não vai dar em nada", mas depois vira um problemão.

Bombeiros trabalharam pra caramba

Enquanto a fala do secretário esquentava os ânimos, os bombeiros suavam a camisa para apagar as chamas. O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia mandou duas viaturas para o local - uma delas daquele tipo pesadão, sabe?

Eles chegaram por volta das 18h30 de segunda-feira e trabalharam até quase 20h. Uma operação dessas não é brincadeira - exige equipamento especializado e muita experiência.

O fogo, segundo os profissionais, consumiu uma área considerável de vegetação. Aquela coisa - mato seco, calor, e pronto: a combinação perfeita para o desastre.

E as investigações?

Aqui é que a coisa fica interessante. A Polícia Civil abriu inquérito para descobrir as reais causas do incêndio. Mas calma - até agora, não tem nenhum laudo técnico apontando para práticas religiosas.

Na verdade, os peritos estão considerando várias possibilidades. Pode ter sido uma bituca de cigarro, alguém queimando lixo, ou até aqueles fenômenos naturais que a gente nem imagina.

O que me preocupa é: um secretário municipal soltando uma dessas sem ter provas? É pedir para virar caso de polícia - e de opinião pública.

O contexto que importa

A Bahia, como todo mundo sabe, tem uma relação complexa e profundamente rica com as religiões de matriz africana. São tradições que fazem parte da identidade cultural do estado.

Quando um representante do governo faz esse tipo de associação - e sem embasamento técnico -, é como jogar gasolina na fogueira. Desculpa o trocadilho.

Já pensou se toda vez que acontece um incêndio em terreno baldio a culpa é das religiões? O que vem depois? Criminalização de crenças? Perseguição?

O pior é que essas declarações podem alimentar um ciclo perigoso de intolerância. E numa sociedade já tão tensionada, será que a gente precisa mesmo disso?

E agora, José?

Enquanto isso, a população fica dividida. Uns apoiam o secretário, outros condenam veementemente. Nas redes sociais, a discussão já esquentou mais que o incêndio em si.

O que vai acontecer com o secretário? Vai se retratar? Vai ser exonerado? Vai continuar no cargo como se nada tivesse acontecido?

E as investigações - vão encontrar a verdadeira causa do incêndio? Ou vai ficar por isso mesmo, com a pulga atrás da orelha de todo mundo?

Uma coisa é certa: em tempos de polarização, declarações como essa são como fósforo em palheiro. E o fogo, meu amigo, pode se alastrar de formas que ninguém espera.

Fica a pergunta no ar: até quando autoridades vão usar seus cargos para espalhar preconceitos disfarçados de opinião?