Melodia das Abelhas: Cantora de SP Cria Música que Parece Língua Alienígena Usando Nomes de Insetos
Melodia das Abelhas: Música com nomes soa alienígena

Quem diria que os nomes complicados das abelhas poderiam virar uma canção? Pois é exatamente isso que uma talentosa cantora do interior de São Paulo acabou de fazer, e o resultado é simplesmente fascinante.

Mariana Souza, natural de Itapetininga, teve uma daquelas ideias que parecem saídas de um sonho — ou de uma tarde muito criativa. Ela pegou nada menos que 150 nomes diferentes de abelhas e os transformou em letra de música. A sacada genial? A sonoridade desses nomes científicos soa como se fosse outro idioma completamente diferente.

Do laboratório para os palcos

A composição, batizada carinhosamente de "Mel das Palavras", mistura nomes como Melipona bicolor, Trigona spinipes e Xylocopa frontalis numa cadência que lembra — pasmem — um dialeto indígena ou até mesmo uma língua oriental. Quem ouve pela primeira vez dificilmente imagina que se trata apenas de nomes científicos organizados harmonicamente.

"Foi uma experiência quase mística", confessa Mariana, ainda surpresa com a repercussão. "Comecei a repetir os nomes em voz alta e percebi que tinham uma musicalidade incrível, uma poesia escondida na ciência."

Viralizando nas redes

O vídeo da performance já acumula milhares de visualizações e comentários curiosos. Tem gente jurando que é uma língua nórdica, outros apostando em dialeto africano — ninguém acerta que são apenas abelhas sendo celebradas em toda sua diversidade nominativa.

E o que os especialistas acham? Biólogos e músicos estão igualmente impressionados. "Ela descobriu acidentalmente que a taxonomia pode ser artística", comenta um professor universitário. Já um produtor musical local brinca: "Quem precisa de letra convencional quando se tem 150 espécies de abelhas para trabalhar?"

Mais do que uma curiosidade

Por trás da criatividade, há um propósito maior. Mariana sempre foi apaixonada pela natureza da região e viu na música uma forma peculiar de alertar para a importância desses polinizadores — que, diga-se de passagem, estão ameaçados em várias partes do mundo.

"Cada nome desses representa um ser vivo essencial para nosso ecossistema", reflete a artista. "Se a música chamar atenção para isso, já cumpriu seu papel."

E cumpriu, sim. Agora ela planeja expandir o projeto para outros insetos — quem sabe não surge uma trilha sonora completa do mundo entomológico? Enquanto isso, as abelhas seguem zumbindo, sem saber que viraram estrelas da música brasileira.