Quem viveu os anos 70 e 80 sabe: João Nogueira não era apenas um cantor. Era um contador de histórias que vestia a batucada como segunda pele. E agora, quando o relógio marca 25 anos sem sua voz rouca e cheia de gingado, a família do artista prepara algo que promete botar fogo no asfalto carioca.
O samba que não cala
Morreu em 5 de junho de 2000, mas — olha só a ironia — suas letras parecem cada vez mais vivas. Quem nunca se pegou cantarolando "O Xote das Meninas" no chuveiro? Pois é, o cara sabia como ninguém transformar dor de cotovelo em poesia que embala gerações.
A filha, Mart'Nália (herdeira não só do sobrenome, mas do talento), está à frente das comemorações. "A gente quer algo que ele teria adorado", diz, com aquela mistura de saudade e orgulho que só quem perdeu um ídolo pessoal conhece.
Detalhes da homenagem
- Onde? Zona portuária do Rio, cenário de tantos sambas imortais
- Quando? Data exata ainda em segredo — mas prepare o coração para junho
- O que terá? Desde shows até exposição de objetos pessoais (sim, aquele chapéu fedora pode aparecer)
Curiosidade: João quase virou advogado. Imaginem o tribunal perdendo um causídico para ganhar um poeta que colocou o Brasil no bolso do paletó? Melhor assim.
E você, lembra onde estava quando ouviu "Espelho" pela primeira vez? Essa é a magia do samba — vira memória afetiva coletiva. A homenagem promete ser, nas palavras de um produtor envolvido, "um pagode no céu com pé na laje da saudade".
