
Quem esperava mais do mesmo do astro francês David Guetta na noite de sábado do Tomorrowland Brasil 2025 levou um choque — no melhor sentido possível. O DJ, que praticamente ditou as regras da música eletrônica comercial na última década, fez algo que poucos esperavam: virou as costas para as modas passageiras e mergulhou de cabeça na tradição que o consagrou.
E que mergulho foi esse! A atmosfera no festival em Itu simplesmente explodiu quando os primeiros acordes de "Titanium" ecoaram pelos sistemas de som. Não era apenas nostalgia — era como redescobrir a razão pela qual nos apaixonamos pela cena eletrônica em primeiro lugar.
O pulso da pista de dança
Guetta, com aquela sabedoria de quem já viu tudo nesse meio, parece ter entendido algo fundamental: às vezes, o que a galera realmente quer é conexão, não novidade pela novidade. Seu set foi uma masterclass em como unir pessoas através da música. Adolescentes que mal nasceram quando "When Love Takes Over" foi lançada dançavam lado a lado com veteranos da cena, todos cantando cada palavra.
E cá entre nós — que alívio ver um artista desse calibre confiando em seu instinto em vez de correr atrás de cada trend do TikTok. A energia era palpável, quase física. Dava para sentir nos ossos.
Mais que um DJ set — uma declaração
O que poderia ser apenas mais uma apresentação em um festival se transformou em algo maior. Em tempos de produções supercalculadas e sets pré-formatados, Guetta ousou ser humano, orgânico, quase despretensioso. Ele não estava lá para provar nada — estava lá para celebrar.
E celebraram juntos. A plateia respondeu com uma energia que raramente se vê, mesmo em eventos desse porte. Foi uma daquelas noites que ficam na memória coletiva — do tipo que você sabe que vai contar para seus netos um dia.
Talvez o maior ensinamento da noite tenha sido esse: na corrida frenética pelo novo, às vezes esquecemos que algumas coisas simplesmente funcionam. A emoção genuína, a melodia que toca a alma, o beat que faz o coração acelerar — isso nunca sai de moda.
David Guetta, o eterno inovador, nos lembrou que tradição e evolução podem dançar juntas. E que dança!