
O renomado poeta e tradutor Paulo Henriques Britto foi eleito nesta quarta-feira (22) para a Academia Brasileira de Letras (ABL), tornando-se o mais novo imortal da instituição. Ele ocupará a cadeira de número 12, que pertencia ao jurista e escritor Miguel Reale Jr., falecido em 2022.
Britto, conhecido por sua obra poética refinada e traduções de autores consagrados como John Updike e Elizabeth Bishop, recebeu 22 votos dos acadêmicos presentes. Sua eleição consolida sua posição como um dos nomes mais importantes da literatura contemporânea no Brasil.
Trajetória de um mestre das palavras
Nascido no Rio de Janeiro em 1951, Paulo Henriques Britto iniciou sua carreira literária nos anos 1980 e desde então publicou obras fundamentais como:
- Liturgia da Matéria (1982)
- Mínima Lírica (1989)
- Trovar Claro (1997)
- Formas do Nada (2012)
Além de sua produção poética, Britto se destacou como professor de criação literária na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), formando gerações de novos escritores.
O que significa ser um imortal?
A Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, reúne os maiores expoentes da cultura nacional em suas 40 cadeiras. Os membros são chamados de "imortais" em referência à Academia Francesa, que inspirou a criação da ABL.
Entre as responsabilidades dos acadêmicos está a preservação da língua portuguesa e a promoção da literatura brasileira. A posse de Paulo Henriques Britto está prevista para ocorrer nas próximas semanas, quando ele receberá o tradicional fardão verde e dourado.