
Quem disse que tech show é só botão e circuito? A Megacana 360, em Uberlândia, provou que inovação e cultura podem dançar juntas - e como! O evento, que já nasceu com fama de revolucionário, surpreendeu até os mais céticos com uma programação que misturou drones agrícolas com poesia marginal.
Do campo ao palco: a mistura que deu certo
Enquanto os visitantes testavam os últimos gadgets para monitoramento de plantações, do outro lado do pavilhão rolava um sarau que dava água nos olhos. "Achei que viria só ver trator com GPS e acabei chorando num recital", confessou o produtor rural João Silva, 42, entre um gole de café e outro.
Os números impressionam:
- Mais de 15 atrações culturais espalhadas pelo evento
- Artistas locais dividindo espaço com startups milionárias
- Público recorde na oficina de stencil que virou febre
O inesperado que virou hit
Quem diria? A atração que mais gerou fila não foi o simulador de colheita 4D, mas sim a instalação "Raízes Digitais" - uma mistura de projeção mapeada com música caipira eletrônica. "Parece coisa de maluco, mas funciona", riu a artista plástica Marina Costa, responsável pela obra que virou sensação.
E não foi só. Entre um painel sobre agricultura de precisão e outro, os visitantes se espremiam para ver:
- Performances de dança com drones (sim, você leu certo)
- Uma feira de comidas típicas com pagamento por reconhecimento facial
- Até um campeonato de repente com inteligência artificial como juiz
"A gente quis quebrar essa dicotomia entre o tecnológico e o humano", explicou o curador do evento, Lucas Mendes, enquanto ajustava seu óculos de realidade aumentada - que, diga-se, ele alternava com um chapéu de palha bem estilo interiorano.
O pulo do gato cultural
O segredo? Segundo os organizadores, foi tratar cultura não como enfeite, mas como linguagem. "Quando você coloca um poeta para falar entre dois painéis técnicos, a magia acontece", filosofou a produtora cultural Ana Beatriz, entre um intervalo para postar stories e outro para abraçar os artistas.
E os números mostram que a aposta deu certo - o evento registrou 37% mais interações nas redes sociais graças aos momentos culturais "instagramáveis". Quem não postou foto naquele corredor de luzes que simulava um cafezal?
Para o ano que vem, a promessa é ampliar ainda mais essa mistura. Rumores dizem que já estão fechando até um show de sertanejo com hologramas. Uberlândia, prepare-se: a revolução agro-tech-cultural está só começando.