
Que noite, hein? Barretos respirou cinema e cultura caipira nessa terça-feira (27) de modo que até o cheiro de terra batida parecia fazer parte do cenário. O Parque do Peão, aquele mesmo que normalmente ecoa com rodeios e shows sertanejos, se transformou num palco de glamour rústico para a avant-premiere de "8 Segundos".
E não foi qualquer exibição — foi praticamente uma imersão total no universo que o filme retrata. Imagine só: o elenco todo, vestindo a camisa (literalmente, alguns com botas e chapéus), circulando entre o público como se fossem velhos conhecidos. Não aquela coisa robótica de Hollywood, mas um acontecimento genuíno, cheio de abraços e conversas de boteco.
Um Filme que Cheira a Terra
Dirigido por João Paulo Jabur — sim, o mesmo que já nos deu outras pérolas do cinema nacional —, "8 Segundos" promete ser mais que um filme. É quase um documento emocional sobre a vida no sertão, sobre a paixão que move peões e a música que embala essa realidade. E olha, não é exagero: as cenas mostradas ontem arrancaram aplausos espontâneos da plateia.
"A gente queria capturar a alma do sertanejo", comentou um dos produtores, visivelmente emocionado com a reação do público. E parece que conseguiram. Até os mais céticos saíram com um brilho diferente no olho.
O Elenco que Virou "Gente da Gente"
Que bom ver artistas que realmente se importam com o que representam. Maria Ribeiro, um dos nomes principais do filme, chegou até a arriscar uns passos de rodeio — sem cavalo, claro —, provocando gargalhadas e quebrando qualquer formalidade. "É impossível não se contagiar com a energia daqui", disse ela, enquanto autografava chapéus de couro como se fosse a coisa mais natural do mundo.
E não foram só os atores que brilharam. Figuras importantes da música sertaneja compareceram, transformando a pré-estreia numa celebração ainda mais significativa. Teve até um momento em que alguém puxou um violão e, do nada, virou uma roda de música — dessas que só acontecem quando o clima é realmente especial.
Ah, e detalhe: o filme deve estrear nos cinemas brasileiros só em outubro, mas Barretos teve o privilégio de ver primeiro. Justo, não? Afinal, foi aqui que muita história retratada nas telas realmente aconteceu.
Quem estava lá garante: "8 Segundos" não é apenas entretenimento. É um pedaço do nosso Brasil profundo, contado com honestidade e — por que não? — um pouco de poesia. Mal podemos esperar para ver como o resto do país vai reagir.