
Pare um minuto e imagine: o que têm em comum o tambor de crioula com startups de tecnologia? Ou os bordados de filé com modelos de negócio inovadores? Pois é exatamente essa conexão surpreendente que vai ganhar destaque absoluto na próxima Expo Indústria.
Marcado para 2025 no Centro de Eventos do Castelão, em São Luís, o painel "Cultura e Economia Criativa" promete virar de cabeça para baixo a forma como enxergamos o desenvolvimento industrial. E olha, não se trata daqueles debates chatos cheios de jargões corporativos — estamos falando de uma conversa de verdade sobre como nossa herança cultural pode, sim, ser o motor econômico do futuro.
Quem está por trás dessa revolução criativa?
A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, a FIEMA, resolveu abrir as portas para um debate que já estava fervilhando nos bastidores. A economia criativa — aquela que transforma ideias em negócios — não é mais apenas um complemento bonitinho. Tornou-se estratégia central.
E os números não mentem: segundo estudos recentes, o setor criativo já responde por quase 3% do PIB brasileiro. No Maranhão, então, nem se fala! Nossa riqueza cultural é tão vasta que dá até vertigem.
O que esperar do painel?
Os organizadores prometem um formato dinâmico, quase uma roda de conversa ampliada. Entre os confirmados estão:
- Empreendedores que transformaram manifestações culturais em negócios sustentáveis
- Especialistas em propriedade intelectual — porque ideia boa precisa de proteção
- Gestores públicos que entendem que cultura não é gasto, é investimento
- Artistas que viraram empresários sem perder a alma do seu trabalho
E tem mais: a discussão vai muito além do "fazer dinheiro com arte". Trata-se de criar ecossistemas inteiros onde tradição e inovação se alimentam mutuamente. É sobre como garantir que o bumba meu boi possa inspirar tanto um espetáculo turístico quanto uma plataforma digital de educação.
Por que isso importa agora?
Num mundo cada vez mais padronizado, a autenticidade virou moeda rara. E o Maranhão — ah, o Maranhão! — tem de sobra. Nossos mestres de cultura, nossos artesãos, nossos músicos carregam saberes que simplesmente não se encontram em nenhum outro lugar.
Mas e daí? — você pode perguntar. Daí que essa exclusividade é justamente nosso trunfo competitivo numa economia globalizada. Enquanto outros estados correm atrás de tendências internacionais, nós temos na ponta da língua — e das mãos — algo que ninguém mais tem.
O desafio, claro, é conectar essa riqueza com oportunidades reais de mercado. E é exatamente aí que entra a importância desse painel.
Um olhar para o futuro
Os organizadores são ambiciosos, e com razão. Querem que a discussão renda frutos concretos: políticas públicas mais afinadas, investimentos direcionados, formação de novos profissionais. O sonho? Ver o Maranhão não apenas como consumidor, mas como exportador de produtos e serviços criativos.
Imagine daqui a cinco anos: jovens maranhenses não precisando mais migrar para outros estados porque encontraram aqui mesmo oportunidades na indústria criativa. Empresas nascidas do casamento entre nossa cultura e tecnologia conquistando mercados internacionais. Esse futuro não só é possível — está sendo construído agora.
A Expo Indústria 2025 acontece entre 21 e 24 de outubro, e esse painel em particular está marcado para o dia 23. Uma dica: chegue cedo, porque quando o assunto é unir cultura com negócios, o interesse costuma ser grande. E dessa vez, promete valer cada minuto.