A noite desta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, testemunhou um momento histórico no Theatro da Paz em Belém, onde a estreia da ópera I-Juca Pirama reuniu figuras proeminentes da política, cultura e entretenimento em pleno contexto da COP30.
Um encontro de personalidades nos camarotes
O evento cultural transformou-se em um palco de encontros significativos. Em um dos camarotes principais, estavam reunidas a primeira-dama Janja Silva, o cantor e compositor Gilberto Gil acompanhado de Flora Gil, além das ministras Margareth Menezes (Cultura), Marina Silva (Meio Ambiente) e Anielle Franco (Igualdade Racial).
Em outro camarote, o apresentador Luciano Huck compartilhava a experiência com um grupo de amigos. Já em um terceiro camarote, sentavam-se Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, e Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de Bill Clinton.
A ópera que celebra a cultura indígena
I-Juca Pirama representa uma criação conjunta de Gilberto Gil e Aldo Brizzi, com libreto assinado por Paulo Coelho. A obra se inspira no poema homônimo do escritor brasileiro Gonçalves Dias, apresentando ao público o que os produtores descrevem como "uma história dramática, filosófica e poética do mundo indígena da Amazônia".
O espetáculo conta com a participação de solistas e coro do Núcleo de Ópera da Bahia, o Coro Carlos Gomes de Belém, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e integrantes do povo Huni Kui, do Acre, trazendo autenticidade à representação cultural indígena.
Trajetória internacional da produção
Após a temporada em Belém, que ocorre paralelamente às discussões da COP30, a ópera terá continuidade em sua jornada internacional. Está programada uma apresentação em junho de 2026 durante a temporada de verão do Teatro da Ópera de Roma, no icônico Circo Máximo.
Esta transição de Belém para Roma simboliza o alcance global da mensagem ambiental e cultural carregada pela produção, especialmente relevante no contexto das discussões climáticas que acontecem na capital paraense.
A estreia de I-Juca Pirama consolida-se não apenas como um evento cultural de alta relevância, mas também como um espaço de convergência entre lideranças políticas, artistas e ativistas ambientais em um momento crucial para o debate sobre o futuro da Amazônia e das populações tradicionais.