
O Rio de Janeiro está novamente no centro das atenções do esporte continental. E desta vez, a aposta é alta: sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031. Na última terça-feira, o Parque Olímpico da Barra, aquele mesmo que já foi palco de momentos históricos em 2016, recebeu uma visita que pode definir o futuro do esporte nas Américas.
Uma comitiva internacional, formada por representantes de peso da ODEPA - a Organização Desportiva Pan-Americana - desembarcou no Rio para uma inspeção minuciosa. Não era uma visita qualquer, longe disso. Eles vieram colocar a lupa em cada detalhe das instalações que poderiam receber atletas de 41 países daqui a sete anos.
O que a comissão avaliou nos bastidores
Parece simples, mas essa visita técnica é um daqueles momentos decisivos que raramente aparecem nas manchetes. Enquanto a maioria das pessoas nem imaginava o que estava acontecendo, especialistas internacionais caminhavam pelos mesmos corredores que já viram ouro olímpico sendo conquistado.
O grupo era liderado por ninguém menos que o neozelandês Andrew Ryan, um sujeito que entende do riscado quando o assunto é organização de megaeventos esportivos. Ele não veio sozinho - trouxe na bagagem anos de experiência e um olhar crítico que já viu de tudo nesse meio.
O legado olímpico em jogo
E aqui mora um detalhe que muita gente esquece: o Rio já tem quase tudo pronto. As arenas, os centros de treinamento, a infraestrutura... Tudo isso foi construído ou reformado para 2016 e agora está ali, esperando para ser usado novamente. É como ter uma festa pronta e só precisar enviar os convites.
Mas será que tudo ainda está em condições? Os equipamentos resistiram ao tempo? A manutenção foi feita direito? São essas perguntas que a comissão veio responder. E acredite, eles são bastante exigentes.
Por que o Pan 2031 importa tanto?
Alguns podem pensar: "ah, é só outro evento esportivo". Engano enorme! Trazer o Pan de volta ao Brasil significa muito mais do que medalhas e pódios. Estamos falando de:
- Movimentar a economia local em milhões de reais
- Gerar empregos diretos e indiretos
- Revitalizar instalações que custaram bilhões
- Colocar o país novamente no mapa do esporte internacional
- Inspirar uma nova geração de atletas brasileiros
Não é pouca coisa, convenhamos.
O que dizem os envolvidos
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) está, naturalmente, otimista. Eles acreditam - e com certa razão - que o Rio oferece a estrutura mais completa entre todos os candidatos. Mas a concorrência não é fraca: cidades dos Estados Unidos, Canadá e outros países latino-americanos também estão de olho no prêmio.
O que me faz pensar: será que aprendemos com os erros do passado? Conseguiremos organizar um evento mais eficiente e com menos desperdício? A resposta pode estar justamente nessa visita técnica.
Agora é aguardar. A decisão final sai apenas em novembro, durante a Assembleia Geral da ODEPA, mas o trabalho de bastidores já começou. E o Rio, pelo visto, está dando seu melhor shot.