
Parece que do nada — ou melhor, da bolada de alguns visionários — o tênis brasileiro está vivendo sua própria revolução silenciosa. E olha que não é pouco! Enquanto muitos ainda pensam no futebol como único esporte nacional, uma turma de peso resolveu apostar suas fichas — e não são fichas pequenas — nas quadras.
Ronaldo Fenômeno, aquele mesmo que deixou zagueiros pelo mundo todo com pesadelos, agora está fazendo a bola amarela quicar de um jeito diferente. Junto com ele, ninguém menos que João Paulo Diniz, herdeiro do império Pão de Açúcar, e Rogério Fasano, o guru da gastronomia chique. Sim, essa mistura parece estranha? Pois é exatamente isso que está dando certo.
Não é só dinheiro, é paixão — e estratégia
O que me chamou atenção não foi apenas o valor investido — que beira os impressionantes R$ 50 milhões, segundo fontes do mercado — mas a inteligência por trás disso tudo. Eles não estão simplesmente patrocinando eventos; estão construindo um ecossistema completo. Desde a base até o profissional.
João Paulo Diniz, por exemplo, sempre foi um tenista amador fanático. Mas sua paixão agora tem método: ele adquiriu a Brasil Tennis Capital, empresa que organiza o tradicionalíssimo Brasil Open. E não parou por aí — criou também a Tênis Brasil, focada em desenvolver novos talentos. Isso sim é pensar no futuro!
O caso Fasano: quando o luxo encontra o esporte
Rogério Fasano trouxe para o tênis a mesma sofisticação que fez sua rede de hotéis e restaurantes ser sinônimo de excelência. Ele assumiu o Rio Open junto com o parceiro de negócios Luiz Carvalho. E pasmem: o investimento deles no torneio carioca foi de aproximadamente R$ 20 milhões. Não é brincadeira.
O mais curioso? Fasano confessou numa entrevista que sempre amou tênis, mas via o esporte "amador" demais no Brasil. Resolveu profissionalizar com o que sabe fazer de melhor: classe e organização impecável.
E os números? Falam por si
Veja só como as coisas mudaram:
- O público no Rio Open saltou de 20 mil para mais de 90 mil pessoas em cinco anos — um crescimento absurdo de 350%!
- Transmissão para 150 países — o Brasil no mapa do tênis mundial
- Geração de R$ 150 milhões em impacto econômico só no Rio de Janeiro
Isso sem contar os patrocínios de marcas gigantes como Rolex e Havaianas, que entraram de cabeça nessa onda.
O que dizem por trás dos panos
Conversando com pessoas do meio, descobri um detalhe fascinante: existe uma rede de contatos entre esses investidores. Não é coincidência. Eles se encontram, trocam ideias, e — pasmem — até jogam juntos. Parece que o networking nas quadras está rendendo mais do que pontos no game.
Um dirigente que preferiu não se identificar me contou: "Nunca vi tanto interesse de grandes empresários pelo tênis. Eles entendem que é um esporte com potencial subexplorado no país. É como encontrar ouro onde ninguém estava cavando."
E o futuro? Promissor como um ace na medida
Com Thiago Wild despontando no circuito mundial — chegou ao top 50 da ATP — e a nova geração aparecendo, o timing não poderia ser melhor. Os investidores chegaram na hora certa, como quem faz um backhand perfeito no momento exato.
Particularmente, acho que estamos diante de uma mudança de paradigma. O brasileiro sempre gostou de tênis, mas faltava aquela pitada de profissionalismo e — por que não dizer? — glamour que esses novos investidores trouxeram.
Ronaldo, Diniz, Fasano e companhia não estão apenas injetando dinheiro. Estão injetando credibilidade, expertise empresarial e, principalmente, uma visão de longo prazo que o tênis brasileiro sempre precisou. E olha, tenho um palpite: isso é só o primeiro set de uma partida que promete muitos games emocionantes.