O tatame nacional vai tremer com a energia dos guerreiros do Piauí. E olha, não é exagero não — a coisa é séria. Uma turma de 25 judocas simplesmente embarcou rumo a São Paulo para encarar o Campeonato Brasileiro de Judô. A competição, que rola entre 3 e 6 de outubro, é simplesmente o maior evento da modalidade no país.
Mas calma aí que a história tem mais sabor. Essa galera não tá indo na aventura, não. O Governo do Piauí, através daquele programa 'Aqui Tem Trabalho, Aqui Tem Futuro', garantiu a estrutura completa. Tudo mesmo: passagens, hospedagem, alimentação e até aqueles kimonos impecáveis. Parece detalhe, mas faz uma diferença danada.
Sonho que virou realidade
"É a realização de um sonho", conta uma das atletas, com os olhos brilhando. "A gente treina o ano inteiro pra isso, mas sem esse apoio... bem, complicava bastante." E ela tem razão. No esporte, talento é fundamental, mas oportunidade é o que separa os que ficam no tatame local dos que representam o estado nacionalmente.
Os atletas — que vão desde iniciantes até veteranos cascudos — passaram por uma peneira rigorosa. Foram selecionados em seletivas estaduais que aconteceram em Teresina e outras cidades. A preparação foi intensa, com treinos diários e aquela disciplina que só o judô sabe exigir.
Mais que medalhas
O coordenador de esportes do programa, um sujeito que entende do riscado, me explicou uma coisa interessante: "Isso aqui vai muito além das possíveis medalhas. Estamos formando cidadãos, construindo valores. O judô ensina respeito, disciplina, hierarquia... coisas que levam pra vida toda."
E ele tem um ponto, né? Quem pratica judô sabe — não é só sobre derrubar o adversário. É sobre cair e levantar, sobre respeitar o mais experiente, sobre entender que às vezes você perde e tá tudo bem, desde que aprenda com a derrota.
Os atletas embarcaram cheios de esperança. Uns meio nervosos, outros mais confiantes, mas todos com aquela determinação no olhar que impressiona. Vão enfrentar os melhores do Brasil, cada um com sua história, seu estilo, seu jeito peculiar de lutar.
Orgulho piauiense
O que me chamou atenção foi o sentimento de representatividade. "Não estamos indo só por nós", disse um judoca veterano. "Cada um carrega nas costas o orgulho de ser piauiense. É mostrar que aqui também tem gente boa, que sabe lutar e competir com honra."
Enquanto escrevo isso, imagino a cena: o ginásio lotado, a tensão no ar, o árbitro gritando "hajime!". E lá estarão nossos guerreiros, de kimono azul ou branco, mas com o coração vermelho e preto do Piauí.
Boa sorte, campeões. Que venham muitas vitórias — não só no placar, mas na vida.
