
Quem passa pelo Centro de Joinville nem imagina o que está por trás daquelas paredes silenciosas há mais de dez anos. Um verdadeiro gigante adormecido — o Ginásio de Esportes — finalmente desperta para uma nova vida.
E não é exagero. A prefeitura acaba de destravar um investimento de R$ 16 milhões para resgatar esse patrimônio da cidade. Um valor considerável, sem dúvida, mas será que é suficiente para reverter uma década completa de abandono? Só o tempo — e a obra — vão responder.
Um Passado de Glórias, Um Presente de Esquecimento
Lembra quando aquele lugar fervia? Atletas suando a camisa, arquibancadas vibrantes, aquele burburinho característico de quem pratica esporte por paixão. Pois é. Tudo isso virou pó — ou melhor, poeira — com o passar dos anos.
O contrato, assinado com a empresa Construcap, prevê uma transformação completa. Não é só um reparo aqui, uma pintura ali. Eles vão refazer tudo: da estrutura à cobertura, dos vestiários às quadras. Uma revitalização que, na prática, é quase uma reconstrução.
O Que Vai Mudar (e Muito!)
- Estrutura Nova: Adeus, infiltrações e problemas antigos.
- Cobertura Renovada: Ninguém mais vai se molhar torcendo.
- Vestiários Modernos: Dignos de atletas de verdade.
- Quadras Recuperadas: O piso vai voltar a ver bolas quicando.
- Elétrica e Hidráulica: Tudo refeito, do zero, pra evitar surpresas desagradáveis.
E o prazo? Ah, o prazo… 360 dias. Um ano exato — ou será que vai estender, como quase sempre acontece? A esperança é que não.
Muito Mais que um Ginásio: Um Símbolo de Renascimento
O prefeito Adriano Silva não esconde o entusiasmo. Para ele, isso vai muito além de cimento e tinta. É sobre devolver à população um espaço de convivência, saúde e, claro, formação de atletas. Um legado, nas palavras dele.
E faz sentido. Num país onde a verba para o esporte vive minguando, uma iniciativa dessas é como um gole d'água no deserto. Pode ser o pontapé inicial para revelar novos talentos — quem sabe até um futuro campeão olímpico que hoje joga bola na rua.
O que me pega é pensar no tanto de gente que poderia ter usado esse espaço nesses todos anos. Quantas partidas não foram jogadas, quantos amigos não se fizeram, quanta energia jovem foi desperdiçada… É um daqueles casos em que a demora dói mais que o conserto.
Mas, como se diz por aí, melhor tarde do que nunca. Joinville está prestes a reaver um pedaço importante da sua história. Agora é torcer para que a execução seja tão boa quanto a promessa — e que, em breve, o som das bolas ecoe novamente por lá.