
O Corinthians não está de brincadeira. Resolver a pendenga com o Santos pela contratação de Félix Torres virou prioridade máxima na sala de diretoria. E a solução que estão costurando é, no mínimo, criativa.
Três propostas distintas estão sobre a mesa – uma verdadeira artimanha financeira para tentar apaziguar o Peixe e segurar o craque equatoriano de vez. A dívida, que beira os R$ 10 milhões, virou uma pedra no sapato alvinegro.
O Xeque-Mate Financeiro do Timão
Pensa num quebra-cabeça. A ideia, segundo apurou-se, é oferecer uma mistura de grana agora e promessas de negócios futuros. Algo como: "Toma um pouco hoje e a gente acerta o resto mais pra frente, com juros...". Ousado, não?
Não é só teimosia, é necessidade. Torres virou peça fundamental naquela zaga – e perder ele por uma questão burocrática seria um tiro no pé. A torcida, claro, já está com os nervos à flor da pele.
O que está em jogo, afinal?
- Primeira Opção: Uma parcela significativa à vista (uns 60%), o resto em prestações com um belo desconto. Quase um "boleto com desconto" no estilo futebolístico.
- Segunda Opção: Incluir direitos econômicos de algum jovem da base na jogada. Um "jogador-tapa-buraco" para equilibrar os valores.
- Terceira e Mais Arriscada: Adiar uma parte maior do pagamento, mas com juros mais altos. Uma espécie de cartão de crédito clubístico.
O Santos, é claro, não é bobo. Eles querem é ver a cor do dinheiro. A situação financeira deles é bem conhecida, então qualquer promessa de pagamento futuro soa meio... etérea. O Corinthians vai ter que suar muito para convencê-los.
O que me deixa pensando: será que o Timão não deveria ter se organizado melhor antes? Hindsight is 20/20, como dizem. Agora é correr atrás do prejuízo.
O desfecho dessa novela vai definir não só o futuro de Torres, mas também o quanto o Corinthians está disposto a se encrencar – ou se resolver – financeiramente. Fica de olho.