
Pois é, gente. O buraco era mais embaixo do que todo mundo imaginava. Carlo Ancelotti, aquele italiano de poucas palavras e olhar penetrante, finalmente quebrou o silêncio sobre o elefante na sala: a ausência de Neymar na lista de convocados para os amistosos de junho.
E olha, não foi aquela explicação genérica de "necessidade de observar outros jogadores" que a gente tá cansado de ouvir. Longe disso. O que o técnico soltou foi uma análise fria, direta e—por que não dizer?—um tanto quanto brutal sobre a situação do camisa 10.
"A questão não é técnica. Todo mundo sabe que ele é um dos melhores do mundo", disparou Ancelotti, com aquela calma que só os grandes mestres têm. "Mas no momento, precisamos de jogadores em plena atividade, com ritmo de jogo. É uma questão física, de condição".
O contexto que muda tudo
Neymar, é bom lembrar, tá se recuperando de mais uma lesão grave—aquela no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo que sofreu ainda em outubro, durante a rodada das Eliminatórias. Desde então, foram oito longos meses de reabilitação. Oito meses sem pisar em um gramado oficial pelo Al-Hilal, seu atual clube.
E aí, me digam: como chamar um jogador—por mais genial que seja—que não joga há tanto tempo? Ancelotti, pragmático como sempre, não teve dúvidas. "Precisamos de jogadores em atividade. É simples assim", enfatizou.
Mas calma, que a coisa não para por aí. O italiano deixou uma porta aberta—e não é pequena. "Quando estiver bem, com ritmo, ele será importante. É um grande jogador", completou, dando um alívio (ou seria um suspense?) para a torcida que já estava entrando em parafuso.
O que realmente está por trás da decisão?
Além da óbvia questão física, dá pra sentir entre as entrelinhas que Ancelotti tá montando algo maior. Algo que vai além do Neymar. Ele mesmo admitiu: "É momento de ver outros jogadores, dar oportunidades".
Traduzindo: o técnico tá usando esses amistosos—contra México e Estados Unidos—como um laboratório. Um teste para descobrir quem pode brilhar sem a sombra (e a dependência) do grande astro. É uma estratégia arriscada? Sem dúvida. Mas também é sinal de um trabalho que pensa no longo prazo.
E aí, será que o Brasil consegue se encontrar sem seu principal craque? A resposta—pelo menos por enquanto—vai ter que vir de outros nomes. Quem sabe um Endrick, um Vinicius Junior ou até mesmo um Rodrygo? A bola, agora, está com eles.
Uma coisa é certa: o recado de Ancelotti foi claro. A Seleção Brasileira está virando uma página—ou pelo tentando virar. E Neymar, quando voltar, vai encontrar um ambiente diferente daquele que deixou.
Restando apenas uma pergunta no ar: ele vai conseguir se adaptar a esse novo Brasil?