Do interior de SP ao pódio mundial: a rotina surpreendente da adolescente campeã de sumô
Adolescente de SP é medalhista em mundial de sumô

Enquanto a maioria das adolescentes de 16 anos está preocupada com redes sociais e encontros com amigos, Maria Clara tem uma rotina que deixaria qualquer atleta profissional de cabelo em pé. A garota do interior paulista — mais precisamente de Itapetininga — simplesmente decidiu trocar parte da adolescência por tatames e conquistou algo extraordinário: uma medalha de prata no Campeonato Mundial de Sumô, na Tailândia.

Parece coisa de filme, mas é a vida real dessa jovem que divide seu tempo entre aulas normais e treinos puxadíssimos. Ela treina nada menos que três modalidades diferentes: o próprio sumô, judô e jiu-jitsu. Uma maratona que exige disciplina de monge e força de gigante.

Do colégio para o mundo

O que mais impressionta — e aqui confesso que fiquei realmente admirado — é como ela concilia tudo isso. Pela manhã, é estudante aplicada como qualquer outra. Às 13h, já está se preparando para os treinos que se estendem até as 18h. Fim de semana? Tem mais treino, é claro.

"É puxado, mas eu gosto", diz ela com uma simplicidade que esconde toda a grandiosidade do seu feito. A família, claro, é seu porto seguro. O pai, Edimilson Gomes, não esconde o orgulho: "A gente apoia porque vê que é o sonho dela".

Uma conquista que ecoou longe

A medalha de prata veio na categoria até 70 kg, e olha que a competição reuniu atletas de mais de 30 países. Não foi fácil, mas ela mostrou que brasileiro tem fibra para qualquer desafio. O técnico, Élcio Prado, praticamente previra o sucesso: "Desde que começou, dava para ver que ela tinha algo especial".

O mais curioso? Ela nem sempre foi fã de lutas. Começou com natação, mas foi no judô que encontrou sua verdadeira paixão. O sumô veio quase por acaso, mas acabou se tornando sua grande especialidade.

Rotina de campeã

Imagine acordar cedo, ir para escola, depois enfrentar horas de treino intenso — e ainda ter energia para ser adolescente. É uma carga pesada, sem dúvida, mas Maria Clara encara tudo com uma maturidade que impressiona.

Seu dia a dia é tão intenso que chega a ser difícil acreditar que estamos falando de uma garota de 16 anos. Entre um treino e outro, ainda arruma tempo para as responsabilidades escolares e — pasmem — um pouco de descanso.

O futuro? Ela já está de olho em novos campeonatos. O Mundial foi apenas o começo de uma carreira que promete muitas outras conquistas. E o Brasil ganha mais uma representante de peso — literalmente — no cenário esportivo internacional.

Quem diria que do interior de São Paulo surgiria uma estrela do sumô? Pois é, às vezes os talentos mais extraordinários brotam nos lugares mais inesperados.