
Quem diria que Chuck Lorre, o gênio por trás de fenômenos como The Big Bang Theory e Two and a Half Men, resolveria apostar suas fichas em algo tão... inesperado? Pois é, o mestre das sitcoms está de volta com Leanne, uma série que promete sacudir a TV com um elenco protagonizado por mulheres na maturidade.
Não é só mais uma comédia
Diferente daquelas fórmulas batidas de risadas enlatadas, Leanne parece querer trazer algo fresco — e olha que, pra um cara que já fez de tudo, isso é dizer muito. A protagonista, vivida por uma atriz que merecia holofonte há tempos (mas Hollywood adora desperdiçar talentos), é uma mulher de 50 e poucos anos redescobrindo a vida após um divórcio. Soa clichê? Talvez. Mas com Lorre no comando, até clichê vira ouro.
Por que isso importa?
Pense bem: quantas séries você vê por aí com mulheres acima dos 40 como centro da narrativa — e não apenas como mães ou figuras secundárias? Exatamente. A aposta de Lorre é corajosa, ainda mais num mercado obcecado por jovens influencers e dramas adolescentes.
Detalhe curioso: a série foi inspirada em experiências pessoais do próprio criador. "É sobre dar voz a quem já viveu o suficiente pra ter histórias boas pra contar", ele soltou numa entrevista recente, entre um gole de café e uma risada meio sem graça. Típico dele.
O que esperar?
- Humor ácido, mas não cruel — sabe aquelas piadas que doem porque são verdade?
- Personagens complexos: nada de caricaturas. Essas mulheres têm camadas, como cebola (ou ogro).
- Referências pop dos anos 80/90, porque quem viveu sabe que foi a melhor década.
E tem mais: a fotografia promete fugir do padrão "sitcom superiluminada". Tons mais quentes, cenários que parecem de verdade — até a cafeteira na cozinha da protagonista tem personalidade. Coisa pouca? Talvez. Mas são detalhes que fazem diferença.
Pra quem tá cansado de reboots e spin-offs sem alma, Leanne pode ser o respiro que a TV precisava. Ou vai ser um fracasso retumbante? Chuck Lorre parece gostar de riscos — e convenhamos, ele tem crédito pra isso.