Há 10 anos, oficina em Porto Alegre forma novas drag queens: 'Arte drag é para quem tem corpo'
Oficina forma drag queens há 10 anos em Porto Alegre

Quem diria que uma simples oficina no coração de Porto Alegre completaria uma década de verdadeiras transformações? Pois é exatamente isso que acontece há dez anos na capital gaúcha, onde um projeto incrível não só ensina técnicas de maquiagem e performance, mas devolve a autoestima e o orgulho de ser quem se é.

O negócio começou lá em 2015 – parece até outro mundo, né? – com uma ideia aparentemente simples: mostrar que a arte drag não é um bicho de sete cabeças. Mas olha só como as coisas evoluíram! O que era pra ser apenas um workshop de técnicas básicas virou um verdadeiro santuário de acolhimento e descoberta pessoal.

Muito mais que glitter e plumas

Ah, se as paredes daquele espaço pudessem falar... Quantas histórias de superação, quantos momentos de "eureka" quando alguém se vê no espelho pela primeira vez como sempre sonhou! A oficina vai muito, mas muito além da maquiagem dramática e dos saltos altíssimos.

É sobre identidade, cara. Sobre encontrar sua voz – literalmente e figurativamente – e ter a coragem de soltála para o mundo. Os participantes aprendem desde a criar um personagem do zero até técnicas de iluminação e como se movimentar no palco (e fora dele também).

"Arte drag é para quem tem corpo"

Essa frase, dita por uma das fundadoras, ecoa como um mantra libertador. Não tem a ver com medidas ou padrões estéticos – longe disso! É sobre ter presença, sobre ocupar espaço com orgulho e não pedir licença para existir. É sobre coragem mesmo, porque não é fácil desafiar convenções todos os dias.

E olha, o processo é fascinante de observar. Você vê pessoas chegando tímidas, quase se escondendo, e saindo dali com uma postura completamente diferente. É como se tivessem crescido uns dez centímetros – e não por causa dos saltos, viu?

Um legado que vai muito além do palco

Depois de dez anos, dá pra fazer as contas: centenas de pessoas passaram pela oficina, cada uma levando um pouquinho daquelas experiências para suas vidas. Muitas seguiram carreira artística, outras levaram a confiança adquirida para seus empregos e relacionamentos.

O mais bonito? Vira uma rede de apoio que não para de crescer. Quem aprende um dia volta para ensinar, e assim a comunidade drag de Porto Alegre só se fortalece. É aquela coisa linda de "cada um, ensina um" – mas com muito glitter e dramaticidade, claro.

Num mundo que às vezes parece querer empurrar todo mundo para caixinhas apertadas, iniciativas como essa são um respiro de ar fresco. Lembram a gente que a diversidade é linda, que a expressão individual deve ser celebrada e que, no final das contas, todo mundo merece seu momento de brilhar – seja no palco ou no dia a dia.