Brasileira É Reconhecida Pela ONU Como Uma das Negras Mais Influentes do Mundo - Conheça Sua História
Brasileira na lista de negros mais influentes da ONU

Não é todo dia que a gente vê uma conterrânea sendo aplaudida lá fora, né? Pois é exatamente isso que aconteceu com Valdina de Oliveira, uma educadora que tá fazendo a diferença de um jeito que nem ela mesma imaginava.

Aos 58 anos, essa mulher incrível — que muitos nem conhecem — acabou de entrar para uma lista seleta da ONU. Sim, a Organização das Nações Unidas! Ela foi escolhida como uma das personalidades negras mais influentes do planeta em 2025. E olha que a concorrência não era pouca.

Das salas de aula para o mundo

Valdina não é daquelas pessoas que aparecem na TV. Ela trabalha há mais de três décadas — trinta anos, gente! — com educação em comunidades quilombolas na região de Campinas. Enquanto muita gente só fala, ela faz. E como faz!

Seu projeto principal, o "Educação Quilombola", já transformou a vida de mais de 2.000 crianças e jovens. Mas não é só ensinar português e matemática não. A proposta dela é muito mais ousada: resgatar a cultura afro-brasileira e mostrar que esses jovens podem ser o que quiserem.

O reconhecimento que veio sem avisar

Quando a notícia chegou, Valdina estava justamente dando aula. "Achei que era brincadeira", contou ela, ainda meio sem acreditar. "Nunca imaginei que meu trabalho, lá no interior de São Paulo, fosse parar na ONU."

O prêmio faz parte do programa Pessoas de Ascendência Africana das Nações Unidas, que todo ano destaca lideranças que estão fazendo a diferença mundo afora. E adivinha? Nossa brasileira foi a única da América Latina na lista deste ano.

Muito mais que um prêmio na parede

O que significa esse reconhecimento na prática? Valdina explica melhor: "Agora nosso trabalho ganhou um selo de credibilidade internacional. As portas estão se abrindo, e isso é fundamental para conseguirmos mais recursos e parcerias".

Ela já tem planos concretos — quer expandir o projeto para outras cinco comunidades até o final de 2026. "Sonho grande? Claro! Mas se não sonharmos alto, ficamos no mesmo lugar", diz com aquela sabedoria que só quem trabalhou a vida toda com educação tem.

O que mais impressiona é a simplicidade da mulher. Enquanto conversava com a reportagem, ela não parava de mencionar seus alunos. "Esse prêmio é de todos nós", repetia. "Cada criança que aprende a ler, cada jovem que entra na universidade — isso sim é que importa."

Um exemplo que vem de casa

A trajetória de Valdina começou bem longe dos holofotes. Filha de agricultores, ela foi a primeira da família a entrar numa faculdade. Formou-se em Pedagogia na Unicamp e desde então nunca mais parou.

Seu segredo? "Acreditar nas pessoas. Quando você mostra para uma criança quilombola que ela pode ser médica, engenheira, o que quiser, algo mágico acontece."

E os resultados estão aí — vários de seus ex-alunos hoje são profissionais reconhecidos. Tem médico, advogado, professor... Uma verdadeira revolução silenciosa acontecendo no interior paulista.

Enquanto muitos reclamam dos problemas do país, Valdina mostra que mudança real acontece no chão da escola, no dia a dia, no trabalho persistente. E agora o mundo inteiro sabe disso.