Travesti negra e acadêmica: primeira aluna a entrar na Unicamp por cotas trans transforma relação com os pais por meio da educação
1ª travesti negra na Unicamp por cotas trans muda relação familiar

A história de superação e resistência de uma travesti negra que se tornou a primeira aluna a ingressar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pelo sistema de cotas para pessoas trans está emocionando o Brasil. Sua trajetória não só quebrou barreiras acadêmicas, mas também transformou profundamente sua relação com a família.

Uma conquista histórica

A jovem, que preferiu não divulgar seu nome, enfrentou inúmeros desafios desde a infância. Criada em um ambiente conservador, ela precisou lidar com o preconceito dentro de casa antes mesmo de enfrentar a sociedade. "Meus pais não entendiam minha identidade de gênero. Foi muito difícil", revela.

A educação como ponte para o entendimento

O ingresso na Unicamp marcou um ponto de virada. "Quando me viram vestindo o jaleco branco e falando sobre meus estudos, algo mudou", conta a acadêmica. Aos poucos, os pais foram compreendendo sua identidade e hoje são seus maiores apoiadores.

O poder transformador das cotas

O sistema de cotas para pessoas trans na Unicamp, implementado em 2024, já mostra seus frutos. "Essa política não só mudou minha vida, mas está transformando toda a universidade", afirma a estudante, que hoje cursa Ciências Sociais.

Inspiração para futuras gerações

Sua história serve de exemplo para outras pessoas LGBTQIA+ que sonham com o ensino superior. "Quero mostrar que nós pertencemos a todos os espaços", diz emocionada. A jovem planeja se tornar professora e continuar lutando por mais inclusão na educação.