Exposição Reveladora: A História por Trás das Páginas da Veja
Exposição revela os bastidores da revista Veja

Quem diria que uma revista poderia virar protagonista de sua própria narrativa? A Veja, aquela que há décadas conta histórias alheias, decidiu se desnudar — literalmente — em uma exposição que é um verdadeiro mergulho no tempo.

Não se trata apenas de capas icônicas ou manchetes bombásticas. A mostra, que ocupa um espaço nobre em São Paulo, revela os bastidores do que muitos nem imaginam: os rascunhos riscados, as pautas abandonadas, as fotos que quase foram publicadas (mas não foram). Quase como folhear um diário secreto.

O que esperar?

Prepare-se para:

  • Edições históricas — aquela de 1984, por exemplo, que quase não chegou às bancas
  • Anotações manuscritas de repórteres — algumas ilegíveis, outras reveladoras
  • Fotografias inéditas — sim, aquela do Lula jovem que você nunca viu

E tem mais. Num cantinho quase escondido, uma vitrine exibe a máquina de escrever usada pelo primeiro editor-chefe — ainda com marcas de café, porque jornalismo sem café não é jornalismo.

Por que isso importa?

Num mundo onde tudo vira meme em 24 horas, ver a materialidade do jornalismo é quase terapêutico. As páginas amareladas contam não só a história da revista, mas do próprio Brasil — com todos os seus percalços e glórias.

"É como se fosse um museu do cotidiano", reflete um visitante, enquanto observa a capa da edição do impeachment. Difícil não ficar pensando: quantas dessas histórias mudaram mesmo o rumo das coisas?

Ah, e para os saudosistas: sim, há uma seção inteira dedicada às propagandas antigas — aquelas que hoje causam espanto ou risos. Quem lembra dos anúncios de cigarro?

A exposição fica em cartaz até novembro, mas já é certo que vai deixar saudade. Ou, como diria um velho editor: "Isso aqui é pura história — com H maiúsculo e tudo".