Exposição em Florianópolis explora corpo e gênero com obras impactantes de artista alagoana
Exposição em Floripa questiona padrões de corpo e gênero

Florianópolis está prestes a mergulhar em um turbilhão de cores, formas e questionamentos. A partir de 17 de agosto, o Centro Cultural da cidade recebe uma exposição que promete sacudir as estruturas do convencional — e não, isso não é exagero.

A artista visual alagoana Maria do Carmo — nome que já circula entre os conhecedores da cena contemporânea — traz sua primeira individual em Santa Catarina. São 22 obras entre pinturas a óleo e esculturas em madeira reciclada que parecem sussurrar (e às vezes gritar) perguntas incômodas sobre nossos corpos e os rótulos que lhes impomos.

Arte que cutuca

Quem espera quadros bonitinhos para decorar sala de estar pode sair decepcionado. A curadoria adianta: "Corpos Desmedidos" — assim mesmo, no plural — é pra incomodar mesmo. "São trabalhos que nascem da inquietação", confessa a artista em entrevista exclusiva. "Quando esculpo uma figura feminina com traços masculinos ou pinto duplas de olhos onde deveria haver um só, estou falando de todas as Marias que já fui."

Destaque para a instalação central — uma espécie de labirinto feito com espelhos distorcidos e tecidos transparentes. Segundo os organizadores, o visitante leva em média 7 minutos para percorrê-la. Tempo suficiente, parece, para algumas pequenas epifanias.

Serviço imperdível

  • Quando: De 17 de agosto a 15 de setembro (terça a domingo)
  • Horário: Das 10h às 19h — com horário estendido até 22h nas sextas
  • Onde: Centro Cultural de Florianópolis (Rua dos Ilhéus, 123 — Centro)
  • Quanto: Grátis — sim, você leu certo

Ah, detalhe: nas quartas-feiras rolam visitas guiadas com a própria artista. E olha, pelos bastidores que a gente apurou, essas conversas costumam render histórias que não estão em nenhum catálogo. Vale a pena chegar cedo — no último evento parecido, formou-se fila que dobrou a esquina.

Pra quem ainda tá em dúvida se vai ou não, fica o recado da curadora assistente: "Arte contemporânea não precisa ser entendida, só vivida". E essa, cá entre nós, parece ser uma experiência que promete ficar na memória — e na pele — por um bom tempo.