Ana Maria Gonçalves é eleita a primeira mulher negra imortal da Academia Brasileira de Letras
Ana Maria Gonçalves é 1ª mulher negra imortal da ABL

A Academia Brasileira de Letras (ABL) escreveu um novo capítulo em sua história nesta quarta-feira (10/07) ao eleger Ana Maria Gonçalves como sua mais nova imortal. A escritora mineira se torna a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição centenária.

Uma conquista histórica

Com 36 votos a favor, Ana Maria foi eleita para a cadeira 21, que pertencia ao jurista Evandro Lins e Silva. A cerimônia de posse está marcada para agosto e promete ser um marco na trajetória da ABL, fundada em 1897.

"É uma honra e uma responsabilidade enorme", declarou a autora ao receber a notícia. "Espero que esta conquista abra portas para mais vozes diversas na nossa literatura".

Trajetória literária

Nascida em Ibiá (MG), Ana Maria Gonçalves conquistou reconhecimento nacional e internacional com obras como:

  • "Um Defeito de Cor" (romance histórico vencedor do Prêmio Casa de las Américas)
  • "Ao Lado e à Margem do que Sentes por Mim"
  • "Quem é Josenildo?"

Sua obra se destaca por abordar temas como identidade racial, memória histórica e resistência negra no Brasil.

Novos ares na ABL

A eleição de Ana Maria representa um passo importante na diversificação da Academia, que nos últimos anos tem buscado maior representatividade. A escritora se junta a nomes como:

  1. Conceição Evaristo
  2. Paulo Scott
  3. Itamar Vieira Junior

na lista de autores contemporâneos que trazem novas perspectivas para a literatura nacional.